Ex-secretário afirma que "mensagem é um instrumento moderno"
Luiza Bandeira
SÃO PAULO - Sete dias após assumir o cargo, o secretário da Cultura do Ceará, Antônio Carlos (PT), pediu demissão ao governador Cid Gomes (PSB) por meio de um torpedo enviado pelo telefone celular.
O pedido ocorreu anteontem, um dia após o governador, que preside o PSB no Estado, anunciar que o partido não vai apoiar o candidato petista à Prefeitura de Fortaleza e desta vez terá um candidato próprio ao cargo.
Antônio Carlos assumiu o cargo de secretário após a saída de Francisco Pinheiro (PT), exonerado pelo governo do Estado em tentativa de manter a aliança com o PT.
O PSB havia desaprovado a escolha do pré-candidato petista, Elmano de Freitas, e apostava na mudança do nome para a manutenção da aliança com os petistas. Pinheiro saiu do cargo para ser opção de candidatura do PT.
Mas, como o PT manteve a escolha de Freitas, o PSB anunciou o rompimento. "Diante desse distanciamento do PSB da aliança com o PT, achei por bem entregar o cargo", disse Carlos.
O anúncio de sua saída por torpedo, segundo o ex-secretário, não significa ruptura com o governador. Ele disse que ligou para Cid seis ou sete vezes, sem sucesso.
"Eu tinha que comunicar sobre a minha saída. A mensagem é um instrumento de comunicação moderno", declarou Carlos.
O petista afirma que já falou com o governador por telefone depois disso e que as relações entre eles continuam normais.
O ex-secretário é cotado para assumir o cargo de secretário de Educação de Fortaleza, que era ocupado por Elmano de Freitas.
Ainda não foi definido quem assumirá a Secretaria da Cultura do Ceará.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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