BRASÍLIA - Se o PT
decidiu fazer da administração de Fenando Haddad em São Paulo um laboratório
para a apresentação de novas políticas voltadas para a classe média na campanha
à eleição presidencial de 2014, o mesmo não ocorrerá em Salvador, terceira
maior cidade do País, que será governada pela oposição a partir de janeiro do ano
que vem.
Tudo o que o prefeito
eleito, ACM Neto (DEM), não quer é fazer de sua administração uma fonte de
experiências para que as oposições usem como exemplo para mostrar ao eleitorado
em 2014. “Eu não fui candidato para cumprir uma missão do DEM ou das oposições.
Eu fui candidato do povo de Salvador. Não quero e não vou falar da eleição de
2014. Não vou transformar Salvador em trincheira contra o governador Jaques
Wagner (PT) ou contra a presidente Dilma Rousseff. Estou concentrado em fazer
uma boa administração para a cidade”, disse ao Estado.
Mesmo rejeitando a
possibilidade de usar sua administração como fornecedora de subsídios do
programa da oposição, ACM Neto disse que vai aplicar em Salvador a receita de
seu partido. “Vou promover parcerias público-privadas para a construção de vias
que desafoguem o trânsito. Isso é emergencial”,disse.“Também vou usar ativos da
prefeitura para criar um fundo que me permitirá administrar Salvador. Será uma
tarefa difícil. Tenho consciência disso. Eu preciso também manter parcerias com
os governos do Estado e federal”.
Outro plano de ACM
Neto se assemelha muito com os programas da oposição. Assim como Aécio Neves
fez quando assumiu o governo de Minas Gerais, em 2002, o futuro prefeito de
Salvador anunciou um choque de gestão e ordem na prefeitura. No conjunto de
decretos que pretende baixar no dia da posse – 1.º de janeiro – está a vigência
da ficha limpa para servidores nomeados.
ACM Neto prevê também
a adoção de “medidas duras ”à frente da administração assim quer tomar posse.
Ele planeja uma reforma da máquina administrativa. Para tanto, contratou uma
empresa de consultoria internacional e criou uma equipe de transição liderada
pelo ex-governador Paulo Souto (DEM). Disse que vai cortar pelo menos 20% dos
gastos correntes da prefeitura logo de início./J. D
Fonte: O Estado de S. Paulo
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