Vice-governador diz não ver ‘hipótese’ de apoiar um adversário de Dilma à presidência da República
Paulo Celso Pereira
BRASÍLIA - Pré-candidato ao governo do Rio, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, que em março deve assumir o comando do estado no lugar de Sérgio Cabral, afirmou ao GLOBO que hoje não vê outra hipótese que não seja apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, com quem mantém um relacionamento "extraordinário". Pezão disse ainda, nesta quinta-feira, que vai trabalhar para que o PT continue no governo do estado mesmo após a saída Cabral e para que o possível rompimento, se houver, só ocorra em junho, no período das convenções partidárias:
- Se depender de mim, o PT fica até o fim do governo. Vou fazer todo o esforço para manter a aliança, acredito que a gente possa continuar unido. A gente se relacionou, apoiamos o Lindbergh para o Senado e ele está fazendo um grande mandato. Eu vou colocar todas as minhas forças para manter a aliança - afirmou, ressaltando sua relação com a presidente:
- Particularmente, quero muito apoiar a presidente Dilma, não vejo outra hipótese que não apoiá-la. A gente tem um carinho especial por ela e pelo presidente Lula. Me relaciono bem com todo mundo, mas com ela particularmente. Agora é fase de muita conversa até junho. Primeiro vou jogar todo o esforço nessa união, depois, se não ocorrer, o partido verá o que fazer.
Pezão rechaça absolutamente a hipótese de o PMDB não ter um candidato próprio ao governo. Esse também é o desejo do comando nacional do partido, já que o Rio é o estado mais importante governado pelo PMDB e também tem a maior capital comandada pela legenda.
- É muito difícil o PMDB não ter candidatura própria. Temos a prefeitura da capital e o governo do segundo principal estado da federação. Não existe isso em nenhum lugar do país. Por isso, não temos como abrir mão da nossa candidatura. A gente está cada vez a fortalecendo mais e vamos ter uma aliança muito forte, com o maior tempo de TV - explica.
O vice-governador já tem praticamente garantido o apoio de PP, PTB e PSC e acredita que a tendência natural é que seu nome cresça nas pesquisas tão logo comece a se tornar mais conhecido.
De acordo com as pesquisas, Pezão é hoje o menos conhecido entre os principais candidatos ao governo. É justamente por esse motivo que os peemedebistas defendem o adiamento ao máximo do rompimento.
Segundo dirigentes da legenda, pesquisas do partido mostram que o governador Sérgio Cabral estaria lentamente recobrando índices de popularidade perdidos desde junho e agora já teria passado a barreira de 25% de avaliação positiva, o dobro do que obteve no pior momento dos protestos.
- Acho que a espuma vai sumindo e vai ficando a vida real. A gente tem governo, tem muitas realizações e muita coisa para entregar em 2014 em todas as áreas. Sou o menos conhecido de todos os candidatos e acho que temos subido muito. Quanto mais as pessoas me conhecem, mais eu subo.
Temos que esperar mesmo para ver quem vai ser candidato em junho, porque até lá só vai esquentar - defende Pezão.
Fonte: O Globo
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