sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

PSB ameaça fechar as portas

Depois do ataque feito pelo PT a Eduardo Campos na internet, vice-líder da legenda diz que o afastamento é inevitável

O ataque do PT em uma rede social ao governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos, fez com que o PSB refutasse a possibilidade de uma aliança em um eventual segundo turno nas eleições deste ano. Em nota oficial, o vice-presidente da sigla, Roberto Amaral, deixou claro que a metralhadora petista afastou os dois partidos de maneira irreconciliável. "Do ponto de vista político, a nota é de aterradora burrice, pois só serve para afastar, amanhã, de forma irreconciliável, dois partidos que desde 1989 caminharam quase sempre coligados", alega.

O texto, que permanece na página oficial do PT na rede social, classifica o político pernambucano, entre outros adjetivos, de "tolo", "playboy mimado" e "candidato sem projeto, sem conteúdo e sem compostura política". A postagem polêmica também acusa Campos de ter vendido a alma à oposição.

A nota assinada por Roberto Amaral diz que o PT é ingrato. "Cuspindo para cima, os dirigentes omissos do PT assumem a ingratidão política, esquecidos de que o PSB apoiou Lula nos seus momentos mais difíceis e nas campanhas eleitorais mais inviáveis". O PSB diz ainda que o texto, ao contrário do que foi dito pela direção nacional do PT, é de responsabilidade da legenda.

"A nota do Partido dos Trabalhadores (PT), que agride o presidente do PSB, governador Eduardo Campos, é de responsabilidade reiterada da direção nacional do partido porque foi inserida no perfil do PT no Facebook e dele não foi retirada. E, lamentavelmente, a atual direção nacional do PT não se sentiu no dever, ditado pelas boas maneiras, de pedir desculpas", afirma.

Preocupação
O teor da publicação causou constrangimento no Palácio do Planalto e em alguns setores do PT. O deputado Vicentinho (PT-SP), futuro líder petista na Câmara dos Deputados, condenou os ataques.

"Se houver um segundo turno, não acredito nunca que Eduardo Campos vá apoiar o PSDB e DEM. Ele jamais fará uma aliança que não seja com o PT, de quem está mais próximo no campo ideológico. Por isso é importante nunca fechar a porta", declarou.

Fonte: Correio Braziliense

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