- Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - A candidata Marina Silva afirmou à Folha, por meio de sua assessoria de imprensa, que nunca instrumentalizou sua fé com fins políticos.
"Não faço de palanques púlpitos nem de púlpitos, palanques. Minhas decisões políticas são elaboradas, discutidas e implementadas nos espaços da institucionalidade da política. [...] Nunca instrumentalizei minha crença religiosa para um fim político."
Marina afirmou ainda que, para as pessoas de fé, "a vida é uma oração, um processo constante e intenso de relacionamento com Deus".
Acrescentou: "Para os cristãos de qualquer corrente teológica, a Bíblia é a base de sua fé. O exercício da fé é um direito de ordem pessoal, assegurado pela Constituição do Brasil. Apenas aqueles que se pautam pela intolerância religiosa encaram esse direito como elemento que conspira contra o Estado laico e o Estado de Direito".
Ela também argumenta que mesmo "o presidente tem direito de vivenciar espaços de sua vida num ambiente restrito à sua pessoalidade sem a obrigatoriedade de compartilhar essa experiência com a chamada opinião pública".
Ela ressaltou que Eduardo Campos também era um homem de fé. "Esse elemento de sua persona era mais um dos tantos dos quais tínhamos grande identidade. Atribuir-lhe agora a autoria de uma declaração sobre nosso relacionamento, sem que ele tenha o direito de confirmá-la ou refutá-la, é um desrespeito à sua memória."
Aliados de Marina afirmam ainda que foi Lula quem chamou pastores evangélicos para orar por ele no Planalto, durante a crise do mensalão.
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