O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA,- O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou nesta quinta-feira, 12, que a notícia de que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef já era esperada.
"É uma suspeita que se confirma. O Brasil sempre suspeitou do envolvimento daqueles que foram os atores principais do mensalão no petrolão", disse em referência à forma como escândalo na Petrobrás vem sendo chamado pela oposição.
Cunha Lima acusou o PT de montar uma "estrutura criminosa" nos órgãos públicos para perpetuar o projeto de poder da sigla e que, por isso, é natural que os personagens envolvidos em escândalos se repitam.
"A cada investigação que for feita, seja na Petrobras, seja no BNDES, provavelmente nós encontraremos as mesmas figuras carimbadas", disse.
Personagem central da Lava Jato, o doleiro envolveu Dirceu e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci a um suposto recebimento de propina em outro trecho de sua delação. Atualmente, Dirceu cumpre pena em regime aberto por envolvimento no mensalão. Ele foi considerado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como o "chefe da quadrilha" do esquema de compra de apoio político no Congresso em troca de apoio durante o primeiro mandato do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
CPI. O líder tucano afirmou ainda que não vê problemas em a CPI da Petrobrás na Câmara ser ampliada e apurar também fatos ocorridos no período do governo de Fernando Henrique Cardoso, como querem os petistas.
"Nós somos a favor de qualquer forma de investigação. Vamos investigar tudo, passado e presente, para que possamos ter um futuro livre da corrupção", disse.
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