sábado, 9 de março de 2019

Saída de pupilos do MEC escancara queda de braço entre Olavo de Carvalho e militares

Painel / Folha de S. Paulo

Pane no sistema A saída de quadros ligados a Olavo de Carvalho do Ministério da Educação marca novo patamar na queda de braço travada entre o guru do bolsonarismo e militares que compõem o governo. Dois parlamentares ligados ao escritor definem o episódio como a maior crise já exposta no núcleo ideológico que dá suporte ao presidente. Em disputa está a tutela do discurso de Jair Bolsonaro. Aliados do Planalto não veem o MEC como o único front. Apostam em tensões também no Itamaraty.

Até tu, Brutus? Olavistas atribuíram a decisão de Vélez de demitir ou deslocar aliados do escritor como fruto da pressão de diversos grupos, mas especialmente de pessoas ligadas ao Exército e ao Ministério da Economia. Ações de empresas como a Kroton fecharam em alta nesta sexta (8).

Torniquete Assim que a crise começou a explodir nas redes sociais, Bolsonaro escalou aliados para tentar conter o desconforto. No fim, nem todas as exonerações previstas foram publicadas.

Questão de estilo Olavistas não negam incômodo com o que chamam de impasse entre o “conservadorismo que Carvalho representa e que mobiliza apoiadores de Bolsonaro” e o “positivismo dos militares”, vistos como pouco afeitos a pautas de costumes e religião, além de muito pragmáticos nas relações exteriores.

Um comentário:

JJacques disse...

Parabéns aos militares pela lucidez. Extirpar a influência nefasta do picareta e enganador de incautos, Olavo de Carvalho é uma auspiciosa notícia para os brasileiros que acompanham o cenário burlesco promovido pelos "alunos" daquele que nunca foi professor!