• Ex-presidente disse que era amigo do avô de Campos e que sempre respeitou o ex-governador pernambucano
- O Globo
SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo, lamentou na tarde desta quarta-feira o acidente aéreo que vitimou o ex-governador Pernambucano Eduardo Campos, nesta manhã, em Santos, litoral paulista. FH diz que era amigo de Miguel Arraes, avô de Campos morto no mesmo dia, há 9 anos, que tinha por Campos muito respeito e que via no ex-governador pernambucano 'um caminho que seria bom para o Brasil'.
- Conheci Eduardo, fui amigo do avô dele, fui amigo da Violeta, tia avó dele. Nessas horas, a gente tem de se lembrar dos familiares, do Eduardo, dos que o acompanhavam, dos pilotos que conduziam o avião. É um choque para a República, uma perda grande, um líder jovem, um homem que abria esperanças para o Brasil. Ganhasse ou não ganhasse, certamente teria uma presença marcante no futuro do país. Uma pessoa com a capacidade de compreender a situação e não guardar ódio, rancor - disse FH, que acrescentou:
- Nunca trabalhei com Eduardo, ele era secretário de Finanças do Miguel Arraes. Mas tive um jantar com ele em São Paulo, quando ele me disse que seria candidato (..) Acho importante renovar a política brasileira e via nele um caminho em comum (juntamente com Aécio Neves, candidato do PSDB) que seria bom para o Brasil. Eduardo foi o tempo todo um candidato que pensava mais nos problemas do Brasil do que na pequena política. É um homem que eu sempre respeitei.
Segundo o ex-presidente, as consequências políticas e eleitorais do acidente "são difíceis de prever". FH acredita ser "provável que Marina seja a candidata".
Em nota divulgada após a entrevista, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a morte de Eduardo Campos é uma perda para o país. "Diante dos fatos que arrancaram a vida de Eduardo Campos, de alguns de seus colaboradores e dos pilotos, minha primeira reação é simplesmente emocional: que tragédia.Volto-me para os familiares: não há palavras que amenizem as perdas. Ainda assim, expresso minhas condolências, meus sentimentos de tristeza e de pesar. Quanto ao Eduardo, por quem sempre manifestei respeito, a perda maior é do País. No momento em que nós precisamos de líderes jovens e competentes, perdemos um dos melhores. Sua carreira nacional apenas se iniciava. Fosse ou não eleito, seria um líder para a renovação política que tanto necessitamos. É uma perda irreparável", afirma o ex-presidente.
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