Por Andrea Jubé – Valor Econômico
BRASÍLIA - No programa partidário que vai ao ar hoje, em cadeia nacional de rádio e televisão, o PSB endurece as críticas ao governo federal. Afirma que o Brasil, embora potencialmente rico, está em crise porque o governo é "incompetente" e "não faz a sua parte". Em conversa com a imprensa para apresentar o filme, o presidente da sigla, Carlos Siqueira, disse que a situação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é "insustentável". Completou que não há razões "legais ou políticas" para o impeachment e que o PSB pretende eleger mais prefeitos nas capitais e nas grandes cidades, onde está 80% do eleitorado.
O vice-governador paulista Márcio França pode ser o candidato da sigla à Prefeitura de São Paulo, caso o PSB não feche aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin, de acordo com o dirigente.
Em São Paulo, França disse ao Valor que uma eventual pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo em 2016 "não é provável". França afirmou que transferiu seu título eleitoral de São Vicente para São Paulo a pedido de Siqueira, para a hipótese de o PSB lançar candidato próprio em 2016, alinhado com o governador Geraldo Alckmin.
No Rio de Janeiro, o PSB vai lançar o nome do senador Romário para a Prefeitura da capital. O ex-jogador trouxe para a sigla o técnico Joel Santana, que disputará uma vaga de vereador.
Em Belo Horizonte, o prefeito Márcio Lacerda lançará um nome para sua sucessão, que mantém reservado. O vice-presidente do PSB Beto Albuquerque estuda candidatar-se à Prefeitura de Porto Alegre. O prefeito de Recife, Geraldo Júlio, vai disputar a reeleição.
O programa partidário inova pela ausência de dirigentes, lideranças e quadros do PSB. Carlos Siqueira diz que muitas pessoas não assistem aos programas partidários para fugir das falas dos políticos e a sigla quis valorizar mais a política que seus quadros.
Com dez minutos de duração, diz que após 13 anos governando o país, o PT ainda não tem um plano para o país, não avançou em infraestrutura, não criou uma política industrial e não fez reformas estruturais.
Segundo o partido, o governo errou na política energética, que provocou o aumento de 50% na conta de luz. Aponta os juros nas alturas, o aumento do desemprego e o fechamento de um milhão de vagas com carteira assinada. Provoca: "isto é um governo de esquerda?"
Como bandeira, o PSB prega o "novo federalismo" e defende uma "divisão mais justa de tributos", com "menos dinheiro no ralo do governo" e mais recursos aos Estados e aos municípios, onde vivem os cidadãos.
Ao final, o locutor lembra que o PSB é responsável pela Lei da Transparência, que permite a ampla fiscalização dos órgãos públicos e reprime a corrupção. O programa termina com a marca do ex-presidente da sigla Eduardo Campos, morto há um ano. "Não vamos desistir do Brasil". (colaborou Cristiane Agostine, de São Paulo)
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