Para Alckmin, 2018 não pautou PSDB a prosseguir no governo
- O Globo
SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), considerou “ruim” o governo do presidente Michel Temer (PMDB) em uma entrevista divulgada ontem pela BBC Brasil. Ele voltou a defender a decisão do PSDB de manter o apoio ao peemedebista e disse que, às vezes, é preciso escolher entre o “ruim e o péssimo”.
— É a velha política (governo Temer). E é ruim. Você tem razão. Mas há certos momentos na vida em que você tem que fazer a avaliação sobre o ruim e o péssimo. Entre o ruim e o péssimo, o ruim é melhor que o péssimo — declarou.
Embora tenha afirmado que o próximo presidente do Brasil deveria ser “um inovador, um gestor”, o prefeito não deu uma resposta direta sobre uma possível candidatura dele em 2018.
— Estou correndo, agindo para ser um bom prefeito da cidade de São Paulo. Eu fui eleito para ser prefeito por quatro anos. Não é hora de se discutir uma eleição presidencial. É hora de ajudar a resolver a crise brasileira. E cada administrador cumprindo o seu papel. Eu como prefeito, outros como governadores e assim por diante. Temos que pensar em eleição em janeiro do ano que vem. Aí, quem sabe.
Outro candidato à vaga de presidenciável tucano, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse em entrevista ao “Estado de S.Paulo” publicada ontem que, se o PSDB tivesse pautado sua decisão sobre o futuro do partido na gestão Temer nas eleições do ano que vem, a sigla teria anunciado o desembarque.
— Se fosse para pensar em eleição, esse é o argumento de muita gente (referindo-se aos cabeças pretas) para sair, porque a popularidade está muito ruim. Mas temos de agir com espírito público e ele nos orienta a esperar para terminar a reforma trabalhista, concluí-la até a sanção presidencial. A reforma previdenciária é mais difícil porque é emenda constitucional, mas vamos ajudá-la porque é importante para o País, e a reforma política, que tem de ser feita até setembro, um ano antes da eleição do ano que vem.
Doria defendeu que o PSDB deve se reunir para discutir a situação de Aécio Neves, presidente afastado do partido. Segundo o prefeito, a decisão de expulsálo ou não da sigla deve levar em consideração o que for melhor para o partido.
— Entendo que o diretório deve se posiciona, como também entendo que o senador deve ter direito à plena defesa.
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