Folha de S. Paulo
Firmada na Malásia, relação entre os dois
presidentes nunca esteve melhor
Oposição golpista não desiste e quer
intervenção ou invasão dos EUA
Quem fez o relato, publicado na Folha, foi o sociólogo Valdinei
Ferreira. Em setembro, durante o culto de aniversário do pastor Silas
Malafaia, um apóstolo da Igreja Cara de Leão revelou a boa nova: o
presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump,
invadirá o Brasil.
Baseada no Livro de Daniel, do Antigo Testamento, a profecia se tornará realidade, segundo o apóstolo, porque "há um momento em que Deus diz basta". Dias antes, o Supremo havia condenado Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão no julgamento do golpe de Estado de 2022/2023.
O palanque político disfarçado de culto
demonstra como religiosos de extrema direita, não só brasileiros como
estrangeiros em visita de pregação ao país, manipulam a Bíblia. Com as
presenças do governador Cláudio Castro e do prefeito Eduardo Paes (que
aproveitou para dizer que "mexeu com Malafaia, mexeu comigo"), durou
quatro horas, com muitas menções aos embates mundanos do pastor —um golpista de
primeira hora, espécie de Rasputin de Bolsonaro, que vive a cuspir perdigotos
de ódio.
As ameaças e movimentações militares dos EUA
na América Latina, com o envio do USS Gerald R. Ford, maior porta-aviões do
mundo, para o Caribe e a disposição de derrubar Maduro, o ditador da Venezuela,
a qualquer custo, com risco para a população inocente, coincidem com a ruína de
Bolsonaro, cujo cumprimento da pena em regime fechado deverá começar em
novembro. Um completo loser, categoria abominada por Trump —que, não por acaso,
andou curtindo a "petroquímica" com Lula em Kuala
Lumpur.
O bolsonarismo tentou todas —anistia antes e
depois da condenação, redução de pena, tarifaço, motim no Congresso, PEC da
Blindagem, fim da Ficha Limpa— e fracassou. Agora entra no modo delírio.
Como último recurso a animar a seita nas redes, resta o oráculo da invasão ou
da intervenção norte-americana.
Daí o tuíte do senador Flávio, filho 01,
sugerindo o bombardeio de embarcações brasileiras na baía de Guanabara. Um
ataque desejado por aqueles que chamam o Brasil de Bostil.
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