Governador-presidenciável recebe bancada federal socialista, hoje, para avaliar cena política e afinar o discurso sobre temas polêmicos em pauta no Congresso
Débora Duque
Equilibrando-se entre os compromissos administrativos e sua agenda política como presidente nacional do PSB e potencial candidato à Presidência da República, o governador Eduardo Campos (PSB) convocou para hoje uma reunião com toda a bancada federal do partido para afinar o discurso sobre as polêmicas em pauta no Congresso e as últimas movimentações do governo federal. O encontro acontecerá no horário do almoço, às 12h30, na sede do Executivo estadual, no Centro de Convenções, mas não foi divulgado na agenda oficial do socialista.
Há 15 dias, Eduardo reuniu, no Recife, os membros da Executiva nacional do PSB para debater as medidas tomadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) para responder a recente onda de protestos. Na ocasião, foi divulgado um documento explicitando as propostas da legenda em relação à reforma política que, em muitos pontos, difere das sugestões defendidas pela presidente.
O governador, agora, quer estender a discussão a todos os deputados federais e senadores da sigla, mas, principalmente, definir a estratégia do partido no Congresso no momento em que a presidente enfrenta forte desgaste. A queda nos índices de popularidade de Dilma é encarada como uma brecha para o crescimento do projeto presidencial de Eduardo. "Ninguém pode querer surfar na onda de mobilização ou na queda da presidente, mas vamos discutir como o PSB pode pautar uma agenda positiva e adotar posicionamentos que estejam sintonizados com a vontade popular", comentou o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG).
Prefeito vaiado
Ao participar, à noite, da abertura da Campus Party, evento voltado para o público da área de tecnologia, o governador não deixou de dar o "toque" nacional ao seu discurso e falou, no palco montado no Chevrolet Hall, que o "Estado brasileiro precisa sair da era analógica e entrar na era digital e fazer uso das novas tecnologias para melhorar os serviços e os gastos públicos". Ele estava ao lado do prefeito Geraldo Julio (PSB), que foi vaiado por participantes ao ser chamado ao palco.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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