BRASÍLIA - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) criticou ontem privilégios aos presos do mensalão ao afirmar que os direitos dos presos devem ser iguais para todos. Para a CNBB, que fez um balanço das suas ações em 2013, as prisões podem ajudar o governo federal a rever a situação carcerária no País."Há uma diferenciação ao portador de curso superior, mas isso não significa que os outros presos não devam ser tratados com dignidade, respeito e com condições humanas. Os direitos dos presos devem ser iguais para todos. Acho que isso é fundamental", afirmou o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno.
"Quem sabe (seja) uma oportunidade para a avaliação de nossos presídios. Quando a gente visita os presídios, nem todos estão em condições dignas de receber uma pessoa", completou o cardeal.
Questionado sobre a situação do ex-presidente do PT José Genoíno, que tem problemas no coração e pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) prisão domiciliar, o cardeal Raymundo Damasceno afirmou que é preciso levar em conta a situação de cada pessoa.
Reforma política
A CNBB realizou um ato de coleta de assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular por uma reforma política, que prevê a proibição de doações de empresas e novo sistema de votação em dois turnos (primeiro turno com voto no partido e segundo turno com voto no candidato), dentre outras mudanças.
O objetivo é atingir 1,3 milhão de assinaturas, para encaminhar o projeto ao Congresso. A coleta começou há um mês e tem apoio de entidades como Ordem dos Advogados do Brasil e Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, que já haviam se juntado no projeto da Lei da Ficha Limpa.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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