• Metalúrgicos seguem exemplo da Volks, em greve desde anteontem
- Folha de S. Paulo
SÃO PAULO, BRASÍLIA - Funcionários da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, paralisaram as atividades nesta quarta-feira (7) por 24 horas em protesto contra a demissão de 244 metalúrgicos que estavam em "layoff" (suspensão temporária do contrato de trabalho).
Os cerca de 10,5 mil trabalhadores da Mercedes se unem aos 13 mil funcionários da Volkswagen que também estão em greve em São Bernardo contra a demissão de 800 colegas de trabalho.
No caso da Mercedes, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, diz que a cada dia ocorrerá uma ação diferente com o intuito de pressionar a montadora para recontratar os demitidos.
Já na Volks, de acordo com o sindicalista, os funcionários não retornarão ao trabalho até que a empresa torne sem efeito as cartas de demissões e retorne as negociações.
Nesta quarta, houve tumulto em uma das entradas da montadora.
Segundo a Volks, "representantes do sindicato tentavam acessar a força as áreas de desenvolvimento de produto, local de acesso restrito em razão da confidencialidade, para a retirada de empregados que não aderiram ao movimento grevista".
O presidente da Anfavea (associação de montadoras), Luiz Moan, afirmou que há espaço para negociação entre empresas e sindicatos para conter a atual onda de greves e demissões.
Moan esteve com os ministros Manoel Dias (Trabalho), Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Armando Monteiro (Desenvolvimento) nesta semana. Segundo ele, não houve uma proposta do governo e as negociações serão feitas entre montadoras e sindicatos.
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