• Projeto, já aprovado na Câmara, agora vai à sanção de Dilma
- O Globo
BRASÍLIA - Às pressas e com apoio do PMDB e do presidente Renan Calheiros, o Senado aprovou ontem o projeto de lei que freia a criação de novos partidos. O texto estabelece quarentena de cinco anos para que novas legendas possam se fundir a outras, e impede que eleitores filiados a alguma legenda assinem a ficha de criação de novos partidos. O projeto, que já tinha sido aprovado na Câmara, vai à sanção da presidente Dilma.
Na prática, a manobra é para evitar a articulação comandada pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, pela criação de novo partido a fim de reduzir a dependência da presidente Dilma Rousseff em relação ao PMDB. Em tese, a medida também pode prejudicar a criação da Rede, de Marina Silva, já que ela contava com apoio de várias pessoas filiadas a outras siglas. A própria ex-senadora é filiada ao PSB.
Renan decidiu colocar o projeto em votação em tempo recorde. Na sessão, foi aprovada a urgência para a inclusão da proposta em pauta e, em seguida, o próprio projeto.
Na reunião de líderes, ontem, Renan afirmou que tinha intenção de pautá-lo. Apenas o PT não concordava, e o líder do partido no Senado, Humberto Costa (PE), acabou liberando a bancada. Mas senadores como Lindbergh Farias (PT-RJ) votaram contra. Renan defendeu o projeto e disse que PT e PSDB são grandes porque foram criados de maneira correta.
A proposta é de autoria do líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE). O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), apoiou:
- Não somos contra a fusão. Queremos é disciplinar. Agora, não dá para fazer malandragem na política - disse Eunício.
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