Por Letícia Casado - Valor Econômico
BRASÍLIA - O Tribunal Regional Federal da 1ª Região decretou na sexta-feira, 6 de novembro, sigilo sobre documentos e dados apreendidos na Operação Zelotes nas empresas de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O mandado de busca e apreensão foi autorizado pela juíza federal Célia Ody Bernardes e cumprido em 26 de outubro. Ela também levantou o sigilo do processo e, assim, tornou pública a medida cautelar referente ao procedimento.
Na sexta-feira, a defesa de Luís Cláudio conseguiu liminar junto ao TRF-1, decretada pela desembargadora federal Neuza Alves, para que os documentos e os dados apreendidos na LFT Marketing Esportivo e na Touchdown, empresas do filho do ex-presidente, sejam acessíveis apenas pelas autoridades policiais e judiciais competentes, assim como pelo Ministério Público Federal. A medida cautelar que pede a busca e apreensão nas empresas de Luís Cláudio continua pública e pode ser consultada no site do TRF-1.
Na semana passada, Luís Cláudio prestou depoimento à Polícia Federal em Brasília. Acompanhado por quatro advogados, ele respondeu perguntas sobre pagamentos feitos às suas empresas pelo escritório de advocacia Marcondes e Mautoni e sobre sua trajetória e experiência profissional, entre outras questões, durante quatro horas, mas suas respostas não foram satisfatórias para os investigadores, segundo apurou oValor. Os repasses feitos pelo escritório colocaram o filho de Lula no radar da Zelotes.
A juíza Célia Bernardes, que estava responsável pelos processos da Zelotes enquanto o juiz titular, Vallisney Oliveira, cumpria convocação no Superior Tribunal de Justiça passa agora a ser a substituta da Zelotes nas próximas semanas.
O juiz substituto da 10ª Vara, Ricardo Leite, entrou em férias e vai emendar o período com o recesso do Judiciário. Ele só retorna à Vara em 2016. Até lá, uma eventual substituição do juiz titular do caso, Vallisney Oliveira, será feita por Célia.
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