O
vice-presidente, general Hamilton Mourão, tem um espaço maior que seus colegas
de farda para lidar com a política com mais liberdade, pois foi eleito pelo
voto direto e é indemissível pelo presidente Bolsonaro. Por se posicionar com
independência, já foi visto como uma alternativa mais liberal ao presidente,
que avisou: “O Mourão é mais tosco do que eu”.
Colocado
na vice-presidência da chapa para, segundo o filho 03 Flavio Bolsonaro, tirar
qualquer veleidade de derrubar seu pai, Mourão assumiu o Conselho da Amazônia
para tentar dar uma organizada no combate às queimadas e ao desmatamento.
O
ministro do Meio-Ambiente não é dos mais chegados a Mourão, que o convidou por
último para participar da viagem à Amazônia com representantes estrangeiros.
Algo indica que Mourão preferia que não fosse.
Por
tudo isso, a afirmação dele de que o Brasil comprará, sim, a vacina chinesa,
desde que ela seja aprovada pela Anvisa, entrando em confronto com as
afirmações de Bolsonaro, que disse que, por sua origem, a vacina chinesa não
tinha credibilidade, mostra que há limites para a aceitação das idiossincrasias
do presidente.