O Estado de S. Paulo
Para presidente e ex-presidente a paisagem política está mudando com rapidez
Mais cedo do que se supunha Lula e Bolsonaro
ficaram obrigados a pensar em herdeiros para seus votos. O desgaste dos dois
nomes se tornou visível nas eleições municipais. E para ambos é ainda mais
complicado o caminho até 2026.
No caso de Lula, o tempo pesa de dupla
maneira. Aos 78 de idade, Lula não esconde seu cansaço. Aos 45 de existência, o
PT não esconde que perdeu eleitorado e, principalmente, ideias. O partido que
se julgava “intérprete” das camadas desfavorecidas desaprendeu a falar para os
pobres.
Em 2010 Lula transferiu facilmente seu potencial de votos para Dilma, a figura que ele escolheu. Desta vez, não só está em aberto quem ele indicaria caso não se candidate (o que também está em aberto), mas, também, o tamanho do “legado” eleitoral que teria a transferir.
Desde a primeira vitória de Dilma (quase o
tempo de uma geração) o País foi sacudido por acontecimentos que trouxeram
entre as consequências uma sólida resistência a Lula e ao petismo – e um forte
sentimento antissistema cujo “desenvolvimentismo” do atual governo (leia-se
expansão de gastos públicos) não foi capaz de reverter.
Para Bolsonaro o problema pessoal central é
escapar da cadeia. No momento o cenário mais provável é o da apresentação de
pelo menos uma denúncia contra ele pelo procurador-geral da República.
Não se sabe quão robusta seria a denúncia por
tentativa de golpe de Estado, mas, dada a atual situação no STF, assumese que a
Corte o condenaria por 5 a 0 (vai ser julgado na Primeira Turma). Já está
inelegível, condição da qual parece ter pouquíssimas chances de escapar.
Para o PT o problema central é falta de
perspectivas, pois não soube entender as transformações sociais no eleitorado
de baixa renda. Para a “direita” é o forte fracionamento do seu enorme e
crescente potencial eleitoral. Bolsonaro é um dos fatores que agravam os
evidentes rachas.
Os poucos estrategistas que sobraram no PT
nutrem a esperança de que a consolidação de sua base, ainda que menor do que já
foi, seria suficiente para prevalecer nas próximas eleições. Mas, se o que
ocorre na eleição municipal de São Paulo serve de alerta, num segundo turno o
“voto de direita” se consolida no antipetismo, não importam as dificuldades de
se concentrar em um só grande nome no primeiro turno.
É importante assinalar que Lula e Bolsonaro
permanecem sendo figuras históricas de grande relevância. Mas estão percorrendo
de forma acelerada o caminho que vai tirá-los do lugar no qual bem pouco tempo
atrás pareciam inabaláveis: o de definir os limites do embate político
brasileiro.
4 comentários:
Cadê o Lula depois do trauma crânio encefálico hemorrágico Sumiu !!
E a mídia fazendo um esforço danado pra passar pano
Hora caiu do banheiro , hora caiu do banquinho, hora o pé do banquinho quebrou, hora tava fazendo unha no banquinho e escorregou , Hora foi uma coisa leve, Ora um trauma grave com dois pontos hemorrágico cerebrais e assim vai !
O fato é que ele vai ficar um bom tempo fora do ar
Talvez tenha que passar por uma cirurgia de drenagem dos coágulos cerebrais
Vamos ver se a história do Lula com essa pancada na cabeça com hemorragia cerebral vai seguir a novela do nosso saudoso e falecido Tancredo Neves , que pra anunciarem a sua morte levou três dias , e o jornalista Brito que ficou dando os boletins médicos se elegeu deputado federal muito bem votado
O Anônimo acima acha que foi o fantasma do Lula que participou ontem da reunião do BRICS por videoconferência...
Cadê a participação do Lula onde você viu o vídeo?
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