Tania Menai
NOVA YORK - O presidente nacional do PSPR, senador Aécio Neves (MG), disse ontem, em Nova York, que a aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos deve ser saudada como ao prenúncio do fim do PT para o bem do Brasil". O tucano voltou a afirmar que a união representa o fim do maniqueís-mo entre PT e PSDB nas disputas presidenciais e dará vigor à oposição em 2014.
O tucano, que discursou para investidores privados em encontro promovido pelo banco BTG Pactuai, repetiu a afirmação que fizera em entrevista ao Estado em fevereiro deste ano, bem antes de a dobradinha da ex-ministra com governador de Pernambuco ser cogitada no meio político.
"Ambos vieram das costelas do PT, ambos foram ministros do governo Lula. Esta é a demonstração clara da fragilização desse modelo que está aí e que levou o Brasil a um crescimento pífio ao longo dos últimos anos, com a inflação voltando a crescer, e, sobretudo, com a estagnação dos nossos indicadores sociais", disse Aéeio, antes de iniciar sua palestra.
"Se ambos se candidatam, isso não pode ser ruim. Dou as boas-vindas aos dois."
Para o senador mineiro, a campanha presidencial do ano que vem "deixará de ter. aquele maniqueísmo que sempre atendeu muito aos interesses do PT: "Ou nós ou eles"". "Na verdade, o PT fez isso ao longo dos últimos anos querendo dividir o País em dois: os que apoiam o governo, que são brasileiros de verdade, e os que se opõem ao governo, que torcem contra, que não têm legitimidade para se dizer brasileiros. Algo absolutamente fora da realidade."
Mensalão e manifestações. Aécio criticou, mais uma vez, a condução da economia no governo da presidente Dilma Rousseff, afirmando que o País precisa vencer desafios para voltar a ser uma nação confiável, sobretudo para o investimento privado. ""Vou reforçar que as coisas vão mal mas podem ser corrigidas porque as instituições no Brasil são sólidas."
Na palestra para investidores, o senador disse que o Brasil se aproxima de uma nova encruzilhada, "entre o nítido esgotamento do atual modelo de desenvolvimento e a necessidade da implementação de uma nova agenda" reclamada pelas ruas.
Aécio ligou as manifestações de junho ao mensalão, "onde a mais alta Corte de Justiça puniu e condenou alguns dos principais líderes do partido atualmente no poder, em razão de desvios de recursos públicos, usados para sustentar sua base no Congresso".
De acordo com o senador tucano, "a este sentimento, so-mou-se uma percepção latente sobre a grave insuficiência de serviços públicos de qualidade e a renitente ineficiência do Estado brasileiro".
A assessoria de Aécio informou que a diária de ontem no hotel Waldorf Astoria, onde o senador estava hospedado, foi paga pelo banco BTG Pactual.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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