• Posição nacional deve sair hoje, levando em conta opinião da viúva Renata Campos
Júnia Gama – O Globo
BRASÍLIA - O grupo do PSB de Pernambuco, que reúne os herdeiros políticos do ex-governador Eduardo Campos, deverá apresentar hoje, na reunião do partido em Brasília, posição favorável ao apoio da legenda a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da disputa presidencial. Integrantes da cúpula socialista no estado debatem desde o domingo como será o posicionamento da sigla, e a avaliação geral é de que é improvável estar com Dilma Rousseff (PT). Mas, o grupo ressalta que a decisão final dependerá da Executiva Nacional do partido.
O presidente do PSB, Roberto Amaral, diz que a posição de Pernambuco não tem papel decisivo na decisão nacional, mas admite que uma manifestação da viúva de Campos, Renata Campos, terá peso sobre a escolha do PSB em Brasília.
- Em princípio, essas coisas não pesam. A Executiva tem uma composição anterior, eleita em agosto, e não há essa tradição de Pernambuco influenciar. Mas a posição de Renata pesa. Ela é muito respeitada e querida no partido.
O grupo pernambucano passou a segunda-feira reunido na casa de Renata Campos, no Recife, debatendo o apoio do partido no segundo turno. Aécio teria ligado e conversado com Renata, com o governador eleito Paulo Câmara (PSB) e com o prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), para parabenizá-los pela ampla vitória de seu partido no estado. Os dois últimos foram ontem a São Paulo acompanhados do senador eleito, Fernando Bezerra Coelho, do presidente estadual, Sileno Guedes, e do governador João Lyra, que já declarou apoio a Aécio, para conversar com Marina Silva.
O governador João Lyra, que logo no domingo divulgou nota defendendo o apoio à candidatura de Aécio no segundo turno, está tentando organizar um evento de apoio ao tucano em Pernambuco para o fim desta semana. Mas, o andamento da organização vai depender da decisão do PSB nacional. O irmão de Eduardo Campos, o advogado Antonio Campos, também defendeu publicamente apoio a Aécio.
A primeira reunião de avaliação sobre o quadro eleitoral de integrantes do PSB com Marina ocorreu no domingo, antes mesmo do resultado das urnas. Quando ficou claro que a candidata não iria para o segundo turno, a cúpula dos partidos da coligação passou a defender a possibilidade de ter um acordo conjunto para o segundo turno, que dê sobrevida à aliança.
Após a decisão da Executiva Nacional do PSB hoje, a direção do partido deve se encontrar na manhã de quinta-feira com os presidentes dos partidos da Coligação Unidos pelo Brasil que, além do PSB e dos integrantes da Rede, tem PHS, PRP, PPS, PPL e PSL, para tentar fechar uma posição unitária de toda a coligação. O PPS já declarou ontem formalmente apoio a Aécio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário