• Partido adota discurso de independência para não se indispor com os descontentes com a petista
Tâmara Teixeira – O Tempo (MG)
Engana-se quem pensa que o possível impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) depende apenas da oposição. A abertura do processo na Câmara dos Deputados está muito mais nas mãos do PMDB, partido aliado ao governo e detentor da vice-Presidência da República. Na prática, apontam governistas, oposicionistas e analistas, a maior ameaça à petista depende do tamanho da adesão dos peemedebistas ao processo.
O Tempo conversou com membros da bancada mineira na Câmara, e as declarações refletem o sentimento majoritário da sigla: não apoia, agora, a saída de Dilma, mas não garante a mesma posição caso o Tribunal de Contas da União (TCU) reprove as contas de 2014 da presidente, o que pode desencadear o processo de afastamento.
Em tese, os peemedebistas dizem ser contra o impeachment e adotam um discurso – aparentemente ensaiado – de que trabalham pelos interesses do Brasil, com a preocupação de que a situação política e econômica do país possa se deteriorar ainda mais com um processo de ruptura. “Não sou a favor no momento. Não há motivo jurídico. Existem expressões da oposição e até de colegas dizendo que querem acabar com o governo, mas é precipitado. Se isso acontece, traz instabilidade ao mercado”, diz Newton Cardoso Jr.
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