domingo, 6 de julho de 2008

DEU EM O GLOBO

OPOSIÇÃO TEM 50 CANDIDATOS A PREFEITO NAS CAPITAIS
Luiza Damé

PT concorrerá com 19, e base governista está rachada em muitas das principais cidades

BRASÍLIA. A partir de hoje, 169 candidatos a prefeito vão disputar o voto do eleitorado das 26 capitais brasileiras, mas este número ainda pode mudar por causa de ações na Justiça Eleitoral.
Desse total, 50 são filiados aos principais partidos de oposição ao Palácio do Planalto - PSDB, DEM, PPS e PSOL. Na sua primeira eleição municipal, o PSOL é o partido com maior número de candidatos a prefeito nos grandes centros: encabeça chapa em 21 capitais. O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem logo em seguida, com 19 candidatos próprios. Mas a base governista está rachada em muitas das principais capitais brasileiras, inviabilizando a presença de Lula nesses palanques.

Em Porto Alegre, os primeiros lugares são disputados por três governistas: o prefeito José Fogaça (PMDB), a petista Maria do Rosário e Manuela D"Ávila (PCdoB). Pelo menos no primeiro turno, nenhum deles deverá ter Lula como cabo eleitoral. O presidente já disse que não fará campanha em cidades onde os governistas são adversários.

Seis prefeitos de capitais não disputarão a reeleição. Cesar Maia (Rio), Fernando Pimentel (Belo Horizonte), João Henrique Pimentel (Macapá), Tadeu Palácio (São Luís), João Paulo (Recife) e Carlos Eduardo Alves (Natal) foram reeleitos em 2004 e estão fora deste pleito.

Rio e São Paulo têm 11 candidatos cada

O mapa da disputa nas capitais mostra dados curiosos. O petista João Coser, prefeito de Vitória, reuniu 19 partidos em torno da sua reeleição - é a maior coligação. Vitória, Rio Branco e Boa Vista têm o menor número de candidatos a prefeito - são três em cada uma delas. Já Rio e São Paulo têm onze candidatos cada uma.

O PSOL, partido que não tem nenhum prefeito de capital, só não terá candidato próprio em Macapá, Rio Branco, Teresina, Campo Grande e Palmas. A estratégia do partido é lançar candidatos a prefeito em todas as cidades onde houver "estrutura organizada, militância animada e quadros qualificados", com preferência para alianças com o PSTU e o PCB - uma forma de puxar votos para vereadores. Estão vetadas coligações com PT e PMDB e com o PSDB e DEM, além dos partidos envolvidos nos escândalos do mensalão e das ambulâncias.

- Esta é a primeira eleição municipal do PSOL e servirá para enraizar o partido - afirmou o deputado federal Chico Alencar, líder do PSOL na Câmara e candidato a prefeito do Rio.

Com 12 candidatos próprios nas capitais, o DEM tem apostas para conquistar prefeituras importantes, como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Em Florianópolis, com a chapa formada pelo deputado estadual César Júnior (DEM) e o vereador tucano Doutor Juca, o DEM quer desbancar o favoritismo do ex-governador Esperidião Amin (PP) e superar o atual prefeito, Dario Berger (PMDB).

A chapa reúne a juventude de César Júnior, um advogado que dava conselhos sobre direitos do consumidor num popular programa de televisão, e a história do vereador tucano, um negro criado em abrigo, ex-jogador de futebol e médico comunitário.

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