Por Andrea Jubé – Valor Econômico
BRASÍLIA - A coordenação política do Palácio do Planalto vai enfrentar uma prova de fogo nas próximas semanas. No dia 11, o vice-presidente, Michel Temer, embarca em viagem oficial à Rússia e Polônia, levando com ele os ministros do partido, inclusive dois "bombeiros" frequentes na relação com o Congresso: Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Eduardo Braga (Minas e Energia).
Essas ausências, que se estenderão por oito dias, testarão a capacidade de articulação política do governo, que ficará a cargo do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do assessor especial da presidente, Giles Azevedo.
Ontem, ficou evidente o desconforto do PMDB com o governo, quando apenas um dos sete ministros da sigla - Hélder Barbalho (Pesca e Aquicultura) - assistiu ao desfile do Dia da Independência no palanque oficial, com a presidente Dilma Rousseff.
O Planalto receia um possível desembarque do PMDB do governo, o que será discutido na convenção nacional do partido, em novembro. Hoje, Temer vai comandar uma reunião no Palácio do Jaburu com os governadores do PMDB e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para discutir o papel do partido no combate à crise, bem como eventual apoio a um imposto de transição, como querem Dilma, Mercadante e a equipe econômica.
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