• Na disputa pela liderança do partido, bancada do PMDB do Rio cresce 33%
Fernanda Krakovics e Marco Grillo - O Globo
O deputado federal Pedro Paulo Carvalho reassumiu ontem o mandato na Câmara, como parte de uma estratégia do PMDB do Rio para devolver a liderança do partido na Casa a Leonardo Picciani (PMDB-RJ). O objetivo é conseguir um número suficiente de assinaturas na bancada para retirar Leonardo Quintão (PMDB-MG) do posto.
As movimentações, que começaram semana passada, fizeram com que a bancada fluminense saltasse de 9 para 12 deputados. A 13ª vaga está próxima de ser preenchida, já que o suplente Átila Alexandre Nunes (PMDB-RJ) já foi convocado pela Mesa Diretora e protocolou ontem seu afastamento da Câmara de Vereadores do Rio.
A estratégia é comandada pela cúpula do PMDB no Rio, com o apoio do governo federal. Desde a semana passada, três deputados de partidos que estavam coligados com o PMDB na eleição para deputado federal em 2014 foram contemplados com secretarias nos governos de Luiz Fernando Pezão e Eduardo Paes. Os suplentes que assumiram as vagas pertencem ao PMDB.
Alexandre Serfiotis (PSD-RJ) foi nomeado para a Secretaria municipal de Ciência e Tecnologia; Walney Rocha (PTB-RJ) assumiu a Secretaria municipal de Abastecimento e Segurança Alimentar, e Deley (PTBRJ) tornou-se o novo secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude. Esse posto ficou aberto após a saída de Marco Antônio Cabral (PMDB-RJ), que reassumiu o cargo em Brasília também com o intuito de fortalecer Leonardo Picciani.
Filiação emperrada
A vaga que ficará com Átila Alexandre Nunes foi aberta com uma manobra mais elaborada. O futuro deputado ficou, em 2014, como primeiro suplente da coligação feita por Solidariedade e PSL. O único eleito pela aliança, Ezequiel Teixeira, assumiu anteontem a Secretaria estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. Teixeira trocou recentemente o Solidariedade pelo PMB, enquanto Nunes saiu do PSL em outubro rumo ao PMDB. Mas, como a Câmara reconhece as vagas de acordo com as coligações estabelecidas na eleição, o PMDB será beneficiado.
Uma outra parte da estratégia, a de filiar deputados de outros partidos, esbarrou na Executiva Nacional, que decidiu ontem que as transferências de deputados federais precisam passar pelo colegiado nacional, e não mais pelos diretórios estaduais. Altineu Côrtes (PR-RJ) e Dr. João (PR-RJ) estavam com conversas avançadas para mudar de legenda. Outro sondado foi Nelson Nahim (PSD-RJ), agora o próximo suplente da fila.
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