Por Fernando Taquari e Carmen Munari | Valor Econômico
SÃO PAULO - O pré-candidato do PSDB à Presidência, ex-governador Geraldo Alckmin, voltou a descartar ontem a possibilidade de ter como vice o senador e correligionário Tasso Jereissati (CE). O tucano, no entanto, não foi tão incisivo ao negar a hipótese de uma chapa puro sangue com outro político do PSDB. Alckmin afirmou ainda que não tem pressa para definir o vice e que o tempo da sigla para a escolha é sábado.
"Tasso é um grande nome, mas é mais provável que a chapa contemple outros partidos", afirmou Alckmin em entrevista antes de palestra na Casa do Saber, na capital paulista. "Não fizemos nenhum convite. Estamos conversando internamente entre os partidos do bloco e outros partidos", disse o tucano, acrescentando que "há ótimas opções" de "várias regiões ".
Depois da recusa do empresário Josué Gomes (PR), são especulados os nomes da senadora Ana Amélia (PP-RS), do ex-ministro Aldo Rebelo (SD-SP), do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), entre outros.
Ontem, Alckmin voltou a falar também que pretende facilitar a posse de armas no campo, se eleito. A declaração, espontânea, foi dada em entrevista ao Canal Rural. O tema faz parte, segundo o tucano, de suas medidas para a segurança no meio rural.
"Vou criar uma guarda nacional permanente - hoje tem uma força nacional que você empresta o policial de um Estado para ir para outros Estados. E, de outro lado, facilitar a posse e o porte de armas no campo porque quem vive no campo não tem a polícia passando na sua porta nem na esquina, é uma outra realidade. Morei no campo até os 16 anos e a realidade é totalmente diferente", afirmou.
Alckmin reafirmou que fará as reformas da Previdência, tributária e política e declarou que a trabalhista já foi feita e "acabou com o cartório do imposto sindical. "Saímos de um modelo autárquico, de cima para baixo, para um modelo de relações de trabalho muito melhor, moderno", disse.
O tucano afirmou que "não há nenhuma hipótese de voltar o imposto sindical, de voltar o que devia ter acabado há muito tempo". Depois de Centrão fechar apoio à candidatura Alckmin, o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), cobrou a recriação do imposto sindical e chegou a ser divulgado que Alckmin iria nessa direção. O tucano, no entanto, disse que essa informação não tem "procedência".
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