Folha de S. Paulo
Ele não tem saída: ou fica onde está ou vai
preso assim que pousar em Brasília
E nada impede que a Interpol o busque nos EUA ou Trump se farte do nome Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro não conseguirá se tornar líder da minoria para escapar à cassação de seu mandato de deputado federal. Eduardo Bolsonaro não escapará à cassação de seu mandato. Sem mandato, Eduardo Bolsonaro não terá seu salário nem as mumunhas ao alcance dos políticos como ele. Sem salários e mumunhas, terá de se valer de seu nada desprezível patrimônio, acumulado durante anos de pseudoatividade parlamentar à sombra da família. Família esta que, à vista fria de seus cúmplices na política, começa a esfarelar-se —eles já a querem pelas costas, por em breve condenada e dura de carregar. E todo patrimônio tem limite.
Falando em condenado, Eduardo Bolsonaro, sem
mandato e sem imunidades, já se vê abotoado pela Polícia Federal assim que
puser o pé na escadinha do avião que pousar em Brasília. Os crimes de que está
sendo e ainda será acusado são inéditos no Brasil moderno —nos últimos 200
anos, quem mais foi acusado de traição à pátria em conluio com uma potência
estrangeira? Donde será melhor para Eduardo Bolsonaro manter distância do dito
avião. Claro que nada impede que, a pedido da Justiça brasileira, a Interpol vá
buscá-lo onde ele estiver.
A prudência recomenda que Eduardo Bolsonaro
fique mesmo onde está, nos EUA de Donald Trump.
Mas vivendo de quê? Impossibilitado de assumir a embaixada brasileira em
Washington, sempre lhe restará voltar a fritar hambúrgueres, especialidade em
que, segundo seu pai, é mestre. Mas isso só durará enquanto for do beneplácito
de Donald Trump. Nada impede que Donald Trump se farte de ouvir o nome
Bolsonaro e o embarque aos tapas num cargueiro rumo à South America, como faz
com os deportados brasileiros.
Já o safo blogueiro Paulo Figueiredo, parça
de Eduardo Bolsonaro e seu orientador e mentor nas articulações anti-Brasil,
terá melhor sorte. É quase cidadão americano, com todos os documentos. Não será
surpresa se chegar a prefeito de Miami.
Eduardo Bolsonaro tem outro motivo de
apreensão. Seu visto de turista está quase expirando.
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