João Domingos
BRASÍLIA - Apesar de ter saído das urnas como o partido que teve o maior
aumento proporcional entre todas as legendas que disputaram a eleição de
domingo, o crescimento do PSB foi "deficiente", na opinião de sua
Executiva nacional. Reunidos ontem, em Brasília, sob o comando do governador de
Pernambuco e presidente do partido, Eduardo Campos, os socialistas perceberam
que, em alguns Estados, como Roraima, eles não fizeram nenhum prefeito. É pouco
para uma legenda que quer ter alcance nacional.
"O que é muito mais importante do que o número de prefeituras é uma boa
distribuição. Eu acho que, nesse aspecto, ainda temos deficiências. Essas
prefeituras não são bem distribuídas", disse o governador do Ceará, Cid
Gomes. As conquistas do PSB ficaram concentradas em Pernambuco, Minhas Gerais,
Ceará, Piauí e Paraíba. Ele concluiu também que mais importante do que a
conquista de prefeituras é ter um conjunto de lideranças bem definido no País
inteiro.
Foi decidido, então, que os dirigentes partidários vão dar prioridade a sete
cidades onde o PSB disputa o segundo turno das eleições: as capitais Cuiabá,
Fortaleza e Porto Velho e os municípios de Duque de Caxias, Petrópolis, Uberaba
e Campinas. De acordo com dados dos socialistas, no primeiro turno o PSB elegeu
434 prefeitos, 125 a mais do que as prefeituras que tem atualmente.
Campos disse que fará campanha nas sete cidades onde o PSB disputa o segundo
turno. E não se preocupa com a participação da presidente Dilma Rousseff ou do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva naquelas em que PSB e PT são
adversários, como Fortaleza. "Lula e Dilma fizeram campanha o tempo todo
pela TV em Fortaleza, no Recife, em todas as cidades. Na TV, o comício é para
milhares; pessoalmente, para umas 3 mil pessoas."
Fonte: O Estado de S. Paulo
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