quinta-feira, 11 de outubro de 2012

PSB cresce, mas de forma deficiente


João Domingos

BRASÍLIA - Apesar de ter saído das urnas como o partido que teve o maior aumento proporcional entre todas as legendas que disputaram a eleição de domingo, o crescimento do PSB foi "deficiente", na opinião de sua Executiva nacional. Reunidos ontem, em Brasília, sob o comando do governador de Pernambuco e presidente do partido, Eduardo Campos, os socialistas perceberam que, em alguns Estados, como Roraima, eles não fizeram nenhum prefeito. É pouco para uma legenda que quer ter alcance nacional.

"O que é muito mais importante do que o número de prefeituras é uma boa distribuição. Eu acho que, nesse aspecto, ainda temos deficiências. Essas prefeituras não são bem distribuídas", disse o governador do Ceará, Cid Gomes. As conquistas do PSB ficaram concentradas em Pernambuco, Minhas Gerais, Ceará, Piauí e Paraíba. Ele concluiu também que mais importante do que a conquista de prefeituras é ter um conjunto de lideranças bem definido no País inteiro.

Foi decidido, então, que os dirigentes partidários vão dar prioridade a sete cidades onde o PSB disputa o segundo turno das eleições: as capitais Cuiabá, Fortaleza e Porto Velho e os municípios de Duque de Caxias, Petrópolis, Uberaba e Campinas. De acordo com dados dos socialistas, no primeiro turno o PSB elegeu 434 prefeitos, 125 a mais do que as prefeituras que tem atualmente.

Campos disse que fará campanha nas sete cidades onde o PSB disputa o segundo turno. E não se preocupa com a participação da presidente Dilma Rousseff ou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva naquelas em que PSB e PT são adversários, como Fortaleza. "Lula e Dilma fizeram campanha o tempo todo pela TV em Fortaleza, no Recife, em todas as cidades. Na TV, o comício é para milhares; pessoalmente, para umas 3 mil pessoas."

Fonte: O Estado de S. Paulo

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