1. A última pesquisa do Ibope de avaliação de Dilma mostrou que nem todos os excessos publicitários conseguiram segurá-la. A pesquisa que vale é de avaliação de Dilma, pois intenção de voto mede coisas desiguais em função do conhecimento nacional dos pré-candidatos.
2. O Ibope avaliou Dilma com três perguntas. A clássica avaliação ótimo, bom, regular, ruim e péssimo e as disjuntivas aprova/desaprova e confia/não confia. Nos 3 casos as avaliações Ruim+Péssimo, Desaprova e Não Confia cresceram.
3. Quando as avaliações de Dilma desabaram após as manifestações nas ruas em junho, estas, com todo o aparato a disposição –máquina, publicitário, imprensa, promoções, lançamento de programas, viagens, acompanhamento semanal e às vezes diário em pesquisas...- não foi suficiente para a recuperação sustentável de sua imagem.
4. Houve um refluxo de pouco abaixo de 35% para algo acima. O teto das avaliações Ótimo+Bom tem estado em 38%. No início, apelou para um plebiscito, querendo jogar o desgaste para o Congresso. Criou o programa do mobiliário para a casa própria. Depois incluiu computadores. Polemizou com a importação de médicos. Sancionou a lei da autonomia dos taxistas. Tudo com comemorações para as câmeras da mídia. Formou rede nacional de TV e Rádio 4 vezes desde junho, a última tentando justificar o leilão do pré-sal, numa curiosa matemática onde 40% se transformam em 85%.
5. Dilma e seus publicitários adotaram a máxima de Dick Morris (publicitário da reeleição de Clinton):“Todo dia é dia de eleição”. Diariamente cria algum fato para pontear nos noticiários noturnos das TVs. Aumentou o número de entrevistas em rádio. Treinou um sorriso mais simpático e abriu sua porta aos políticos, querendo suavizar sua imagem de durona.
6. Uma avalanche de instrumentos no campo da propaganda latu sensu. Um verdadeiro doping de iniciativas de forma a impulsionar sua imagem e os índices de avaliação positiva. Mas depois do refluxo de uns 5 pontos, estacionou nas avaliações positivas e piorou nas negativas. Ou seja: toda essa massificação para melhorar sua imagem bateu no teto.
7. Isso ocupando 90% do campo de jogo. Quando o jogo estiver aberto, com cada um ocupando parte igual, esse teto não resistirá e voltará ao ponto mais baixo de seu desgaste. O teto de hoje é, portanto, resultante de doping de exposição. A ilusão de vitória no primeiro turno não existe mais, pelo menos para quem sabe fazer as 4 operações e a regra de três.
8. Trechos de seus discursos colocados nas redes sociais mostram certo descontrole. E nem tocamos na questão econômica, que garantidamente não será –nem de longe- um trunfo favorável.
* * *
IBOPE: Reprovação a Dilma sobe em todos os aspectos!
Pesquisa 17-21/10 com 2.002 pessoas.
Comparação com pesquisa Ibope de setembro.
Avaliação Dilma Ruim+Péssimo: Setembro 22%. Outubro 26%.
Desaprovam Dilma: Setembro: 40%. Outubro 42%.
Não Confiam em Dilma: Setembro: 43%. Outubro 46%.
Fonte: Ex- Blog do Cesar Maia, 29/10/2013
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