DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
"Podia ter mandado uma emendinha", disse o presidente em evento na volta ao Planalto
Tania Monteiro BRASÍLIA
Depois de fazer vários discursos anunciando que já está com saudades do cargo que deixa em dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou ontem, em discurso diante de militares, não ter encaminhado ao Congresso emenda constitucional que o autorizaria a disputar o terceiro mandato.
A declaração ocorreu na cerimônia de sanção da Lei Complementar 97, que amplia os poderes do ministro da Defesa e estende para Marinha e Aeronáutica o poder de polícia nas fronteiras. Dirigindo-se ao ministro Nelson Jobim, em tom leve, o presidente disse: "Está certo que está no final do mandato. Você poderia, junto com essa emenda complementar, ter mandado uma emendinha para mais uns anos de mandato. Você não mandou, então fica... embora esteja no final de mandato eu, sinceramente, saio da Presidência mais gratificado porque a gente vai ter uma nova lógica na nossa defesa."
Antes, no início do discurso, o presidente já havia feito referência ao assunto. "Vocês perceberam que mudou tudo, agora é só de companheiro para companheiro. Mais um ano no poder, eu chamaria de "camaradas"", afirmou, a respeito de sua intimidade com os militares.
A declaração provocou constrangimento entre os que lotavam a nova sala de audiências no terceiro andar do Palácio do Planalto. "Camaradas" é uma expressão histórica com que os comunistas se dirigiam aos amigos. Lula aproveitou a fala para defender os investimentos na área militar. Lembrou as críticas que enfrentou quando decidiu comprar o Airbus A-319 e se disse arrependido por não ter adquirido um avião maior, ou dois. Justificou a necessidade deles pelas grandes comitivas de empresários que leva em suas viagens.
De olho
O presidente Lula reforçou ontem, aos "companheiros e companheiras", que ao deixar o cargo ficará vigilante: "Esteja onde estiver, estarei de olho em vocês, cobrando que vocês façam mais e melhor."
"Podia ter mandado uma emendinha", disse o presidente em evento na volta ao Planalto
Tania Monteiro BRASÍLIA
Depois de fazer vários discursos anunciando que já está com saudades do cargo que deixa em dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou ontem, em discurso diante de militares, não ter encaminhado ao Congresso emenda constitucional que o autorizaria a disputar o terceiro mandato.
A declaração ocorreu na cerimônia de sanção da Lei Complementar 97, que amplia os poderes do ministro da Defesa e estende para Marinha e Aeronáutica o poder de polícia nas fronteiras. Dirigindo-se ao ministro Nelson Jobim, em tom leve, o presidente disse: "Está certo que está no final do mandato. Você poderia, junto com essa emenda complementar, ter mandado uma emendinha para mais uns anos de mandato. Você não mandou, então fica... embora esteja no final de mandato eu, sinceramente, saio da Presidência mais gratificado porque a gente vai ter uma nova lógica na nossa defesa."
Antes, no início do discurso, o presidente já havia feito referência ao assunto. "Vocês perceberam que mudou tudo, agora é só de companheiro para companheiro. Mais um ano no poder, eu chamaria de "camaradas"", afirmou, a respeito de sua intimidade com os militares.
A declaração provocou constrangimento entre os que lotavam a nova sala de audiências no terceiro andar do Palácio do Planalto. "Camaradas" é uma expressão histórica com que os comunistas se dirigiam aos amigos. Lula aproveitou a fala para defender os investimentos na área militar. Lembrou as críticas que enfrentou quando decidiu comprar o Airbus A-319 e se disse arrependido por não ter adquirido um avião maior, ou dois. Justificou a necessidade deles pelas grandes comitivas de empresários que leva em suas viagens.
De olho
O presidente Lula reforçou ontem, aos "companheiros e companheiras", que ao deixar o cargo ficará vigilante: "Esteja onde estiver, estarei de olho em vocês, cobrando que vocês façam mais e melhor."
Um comentário:
Quando FHC foi fazer a reeleição Lula corretamente foi contra. Achei que Lula fosse acabar com isso quando eleito, já que ele achava aquilo um absurdo. Logo ele o defensor da ética e da democracia.
Quando Lula se elegeu e tomou gosto pelo poder quis mais um mandato, pois um era pouco.
Agora que Lula adorou ter 2 mandatos e está para sair finalmente revela que foi pouco, e precisava de mais um tempo no poder.
Com a Dilma eleita e esse ciclo de populismo aliado a ingnorância das massas, uma renovação na presidência vai demorar décadas agora. Adeus Democracia.
Postar um comentário