Eliane Cantanhêde
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - O meu melhor voto neste Natal é justamente esse: bom emprego! A coisa está feia, sem sinais de que vá melhorar. Ruas de comércio e shoppings estão cheios em grandes e pequenas cidades, como sempre, mas as sacolas parecem bem vazias, como raramente nesta época do ano.
Isso indica que o medo e a desconfiança, que começaram pelos mercados e avançaram pela produção, começam a atingir o consumo.
Como disse ao "El País" Miguel Angel Fernández Ordoñez, do Banco da Espanha, a desconfiança é total, o que gera um círculo vicioso: "Os consumidores não consomem, os empresários não contratam, os investidores não investem, e os bancos não emprestam. Há uma paralisação quase total, nada escapa".
As previsões parecem cada vez mais sombrias. Em 2008, os EUA perderam mais de 10 milhões de postos de trabalho, 533 mil só em novembro, e a taxa de desemprego bateu em 6,7%, a pior desde 1974, quando o país vivia uma recessão. E é só o começo.
No Brasil, 2008 foi um bom ano para a economia e, portanto, para os empregos. Mas o que era bom começou a ficar ruim, mais de 40 mil empregos acabam de evaporar, as previsões de crescimento para 2009 não param de cair e o próprio ministro do Trabalho, Carlos Lupi, admitiu, na direção oposta do que diz o presidente da República, seu chefe, que as perspectivas de emprego não são nada animadoras.
Lula mandou todo mundo gastar, mas Lupi previu, em entrevista à Folha, um primeiro trimestre "brabo", o que soou assim: fechem bolsos e carteiras agora, porque vocês podem precisar muito amanhã.
O tempo dirá quem tem razão, se o FMI, o Banco da Espanha, o ministro do Trabalho ou Lula. Pelo sim, pelo não, você não deve abusar.
Ótimo Natal, mas sem exagero. E não se esqueça de pedir ao Papai Noel o melhor presente para você e para sua família: manter a poupança. E os empregos.
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - O meu melhor voto neste Natal é justamente esse: bom emprego! A coisa está feia, sem sinais de que vá melhorar. Ruas de comércio e shoppings estão cheios em grandes e pequenas cidades, como sempre, mas as sacolas parecem bem vazias, como raramente nesta época do ano.
Isso indica que o medo e a desconfiança, que começaram pelos mercados e avançaram pela produção, começam a atingir o consumo.
Como disse ao "El País" Miguel Angel Fernández Ordoñez, do Banco da Espanha, a desconfiança é total, o que gera um círculo vicioso: "Os consumidores não consomem, os empresários não contratam, os investidores não investem, e os bancos não emprestam. Há uma paralisação quase total, nada escapa".
As previsões parecem cada vez mais sombrias. Em 2008, os EUA perderam mais de 10 milhões de postos de trabalho, 533 mil só em novembro, e a taxa de desemprego bateu em 6,7%, a pior desde 1974, quando o país vivia uma recessão. E é só o começo.
No Brasil, 2008 foi um bom ano para a economia e, portanto, para os empregos. Mas o que era bom começou a ficar ruim, mais de 40 mil empregos acabam de evaporar, as previsões de crescimento para 2009 não param de cair e o próprio ministro do Trabalho, Carlos Lupi, admitiu, na direção oposta do que diz o presidente da República, seu chefe, que as perspectivas de emprego não são nada animadoras.
Lula mandou todo mundo gastar, mas Lupi previu, em entrevista à Folha, um primeiro trimestre "brabo", o que soou assim: fechem bolsos e carteiras agora, porque vocês podem precisar muito amanhã.
O tempo dirá quem tem razão, se o FMI, o Banco da Espanha, o ministro do Trabalho ou Lula. Pelo sim, pelo não, você não deve abusar.
Ótimo Natal, mas sem exagero. E não se esqueça de pedir ao Papai Noel o melhor presente para você e para sua família: manter a poupança. E os empregos.
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