DEU EM O GLOBO
Roberto Maltchik e Gerson Camaroti
Roberto Maltchik e Gerson Camaroti
BRASÍLIA. O selo usado para fraudar a procuração que permitiu a violação do Imposto de Renda da filha de José Serra, Verônica Serra, também serviu para falsificar documentos levados à Receita Federal seis meses depois.
Em ofício enviado anteontem à Corregedoria da Receita, o tabelião Fábio Tadeu Bisognin, do 16º Tabelionato de Notas de São Paulo, informa que o selo que legitimaria a assinatura de Verônica é o mesmo usado para falsificar um pedido de extinção do nome fantasia de uma empresa de equipamentos para direções hidráulicas, que funciona em Mauá (SP), em março deste ano.
O documento básico de entrada de CNPJ da empresa AWF Comercial, com assinatura fraudulenta, foi apresentado em 8 de março de 2010. A violação do sigilo da filha de Serra ocorreu em 30 de setembro de 2009. A falsificação de março tem as mesmas características da fraude que resultou na quebra do sigilo fiscal de Verônica, indica o tabelião.
De acordo com o tabelião, "é impossível que um mesmo selo seja utilizado em dois atos distintos".
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