Tucano quer vincular imagem do PT à ineficiência administrativa
Presidente do PSDB lembra que desigualdade e analfabetismo voltaram a crescer
Luís Lomba
CURITIBA - O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse neste sábado em Curitiba que o partido deve fazer uma conexão com a sociedade e mostrar que o Brasil pode ter mais do que está tendo com o governo do PT. Ele participou do encontro regional Sul do PSDB, que reuniu cerca de 2 mil pessoas na capital paranaense.
— Hoje é o momento de convergência do PSDB. O ciclo do PT no poder merece ser encerrado. Vamos contrapor a eficiência administrativa ao aparelhamento do Estado e mostrar a ineficiência do PT como sua principal marca — disse, em tom de campanha.
Aécio acusou o governo federal de gerar insegurança jurídica no país e de afugentar potenciais investidores estrangeiros:
— Farei uma palestra na semana que vem em Nova York para investidores internacionais e a pauta que me chega é essa: quando o governo vai parar de intervir negativamente, mudando regras, como fez com os aeroportos, que na semana passada tinham uma regra e agora já são outras afirmou.
Apesar do clima de campanha eleitoral, com discursos exaltados e foguetório na sua chegada ao encontro, o presidente do PSDB negou que esteja decidido que será ele o candidato do partido à Presidência da República em 2014.
— Vamos decidir quem será o candidato e quem for terá o apoio de todos — disse.
Sobre o interesse de José Serra em disputar as eleições para presidente do País, Aécio disse que ele é um quadro importe do partido e “tem legitimidade para postular qualquer cargo”.
Falando a militantes da Juventude do PSDB, antes do encontro principal, Aécio Neves afirmou que o PT é o alvo em 2014.
— Agora é papo reto mesmo: está chegando a hora de enfrentarmos o PT. Esse ciclo de poder do PT está fazendo muito mal ao Brasil — disse.
Aécio lembrou que a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar), divulgada na sexta-feira, mostrou que a desigualdade entre as regiões do país aumentou e o analfabetismo voltou a crescer.
— Quando o PT assumiu, o governo federal participava com 56% dos gastos com saúde e hoje caiu para 45% — disse.
O senador Álvaro Dias (PSDB/PR) participou do encontro e disse que o partido estará unido nas eleições do ano que vem.
— Há opiniões divergentes, mas temos um projeto de Nação que nos une. O maior partido de oposição tem obrigação de apresentar um projeto ao País — disse.
Também participaram do encontro os senadores Aloísio Nunes Ferreira (PSDB/SP) e Paulo Bauer (PSDB/SC), os deputados federais Nelsinho Marquezan (PSDB/RS), Mendes Thame (PSDB/PR) Alfredo Kaefer e Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR), entre outros tucanos.
Fonte: O Globo
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