DEU NO VALOR ECONÔMICO
Sérgio Bueno, de Porto Alegre
A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse ontem em Porto Alegre que a política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou de lado a questão dos direitos humanos e das liberdades políticas - princípios que para ela não podem ser "violados nem relativizados" - nas relações com o Irã e também com Cuba. "O Brasil, e isso é minha preocupação, não tem atentado para isso nessa relação", disse a ex-ministra do Meio Ambiente do governo petista.
Para Marina, ninguém pode criticar Lula por dialogar com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, mas o Brasil "deu muita audiência para o Irã, um país que não respeita os direitos humanos e cassa as liberdades políticas". Ela voltou a afirmar que torce pelo cumprimento do acordo, intermediado pelo Brasil, que prevê o enriquecimento de urânio iraniano na Turquia, e também para que ele signifique uma "quebra de paradigma" na tradição do Irã, "porque o que eles querem mesmo é ter a bomba atômica".
A pré-candidata do PV dedicou o dia de ontem a entrevistas para as principais emissoras de rádio e televisão de Porto Alegre. Ela destacou a origem humilde, elogiou as políticas sociais e o programa Bolsa Família do governo Lula, que tirou "25 milhões de pessoas" da linha da pobreza, mas classificou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de uma "colagem de obras". Segundo Marina, a maior parte do PAC 1 ainda não saiu do papel, o PAC 2 é uma "carta de intenções de tudo aquilo que não foi feito" no governo do PT e, caso eleita, ela criaria um programa de "infraestrutura para o desenvolvimento sustentado".
Classificada pelo próprio presidente Lula como "mãe do PAC", a pré-canditada do PT, Dilma Rousseff, foi alvo de algumas estocadas desferidas pela concorrente. Marina disse que o Brasil "não precisa de um gerentão, mas de uma liderança política que saiba sentir os problemas do povo", e prometeu apostar na geração de energias renováveis, enquanto outros candidatos, "na hora de se eleger, fazem fotos diante de uma (usina) eólica e passam oito ou quatro anos criticando as fontes alternativas". Neste mês, o programa do PT mostrou Dilma no parque eólico de Osório, no litoral gaúcho.
Durante as entrevistas, a ex-ministra também defendeu o financiamento público de campanha e afirmou que se chegar à Presidência não tentará a reeleição. Reafirmou ainda que tentará convocar uma Constituinte exclusiva para fazer as reformas política, tributária, previdenciária e trabalhista, defendeu o regime de metas para inflação e disse que, embora seja favorável ao "princípio" da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, a questão merece cuidado.
"Isso precisa ser feito sem onerar o processo produtivo porque precisamos criar empregos e não criar apenas um grupo (de trabalhadores) de elite, que já está incluído enquanto a maior parte continua como informal". Contrária à legalização do aborto e da maconha, Marina disse que se eleita irá propor um plebiscito para tratar das duas questões. Ela anunciou ainda que pretende implantar um projeto de "emissão zero" durante a sua campanha, mediante o plantio de árvores para compensar o volume de carbono gerado pelas atividades relacionadas à disputa, incluindo viagens de carro e avião. O cálculo das emissões será feito por uma empresa especializada, explicou.
Sérgio Bueno, de Porto Alegre
A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse ontem em Porto Alegre que a política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou de lado a questão dos direitos humanos e das liberdades políticas - princípios que para ela não podem ser "violados nem relativizados" - nas relações com o Irã e também com Cuba. "O Brasil, e isso é minha preocupação, não tem atentado para isso nessa relação", disse a ex-ministra do Meio Ambiente do governo petista.
Para Marina, ninguém pode criticar Lula por dialogar com o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, mas o Brasil "deu muita audiência para o Irã, um país que não respeita os direitos humanos e cassa as liberdades políticas". Ela voltou a afirmar que torce pelo cumprimento do acordo, intermediado pelo Brasil, que prevê o enriquecimento de urânio iraniano na Turquia, e também para que ele signifique uma "quebra de paradigma" na tradição do Irã, "porque o que eles querem mesmo é ter a bomba atômica".
A pré-candidata do PV dedicou o dia de ontem a entrevistas para as principais emissoras de rádio e televisão de Porto Alegre. Ela destacou a origem humilde, elogiou as políticas sociais e o programa Bolsa Família do governo Lula, que tirou "25 milhões de pessoas" da linha da pobreza, mas classificou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de uma "colagem de obras". Segundo Marina, a maior parte do PAC 1 ainda não saiu do papel, o PAC 2 é uma "carta de intenções de tudo aquilo que não foi feito" no governo do PT e, caso eleita, ela criaria um programa de "infraestrutura para o desenvolvimento sustentado".
Classificada pelo próprio presidente Lula como "mãe do PAC", a pré-canditada do PT, Dilma Rousseff, foi alvo de algumas estocadas desferidas pela concorrente. Marina disse que o Brasil "não precisa de um gerentão, mas de uma liderança política que saiba sentir os problemas do povo", e prometeu apostar na geração de energias renováveis, enquanto outros candidatos, "na hora de se eleger, fazem fotos diante de uma (usina) eólica e passam oito ou quatro anos criticando as fontes alternativas". Neste mês, o programa do PT mostrou Dilma no parque eólico de Osório, no litoral gaúcho.
Durante as entrevistas, a ex-ministra também defendeu o financiamento público de campanha e afirmou que se chegar à Presidência não tentará a reeleição. Reafirmou ainda que tentará convocar uma Constituinte exclusiva para fazer as reformas política, tributária, previdenciária e trabalhista, defendeu o regime de metas para inflação e disse que, embora seja favorável ao "princípio" da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, a questão merece cuidado.
"Isso precisa ser feito sem onerar o processo produtivo porque precisamos criar empregos e não criar apenas um grupo (de trabalhadores) de elite, que já está incluído enquanto a maior parte continua como informal". Contrária à legalização do aborto e da maconha, Marina disse que se eleita irá propor um plebiscito para tratar das duas questões. Ela anunciou ainda que pretende implantar um projeto de "emissão zero" durante a sua campanha, mediante o plantio de árvores para compensar o volume de carbono gerado pelas atividades relacionadas à disputa, incluindo viagens de carro e avião. O cálculo das emissões será feito por uma empresa especializada, explicou.
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