DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Nome do PT à disputa da presidência da Câmara, o deputado Marco Maia (RS) usou R$ 230 mil do Ministério do Turismo para autopromoção. Maia destinou a verba para associação de lobby da aviação regional realizar, em 2008, evento de balanço da CPI do Apagão Aéreo - da qual foi relator. O petista, principal estrela do seminário, diz não ver irregularidade no caso e que achou "interessante" a proposta da associação.
Favorito na Câmara usou verba para autopromoção
Candidato do PT destinou R$ 230 mil a evento em que foi principal estrela
Petista foi a seminário, onde era único político, para mostrar relatório da CPI do Apagão Aéreo, da qual foi o relator
Dimmi Amora, José Ernesto Credendio e Andreza Matais
Nome do PT à disputa da presidência da Câmara, o deputado Marco Maia (RS) usou R$ 230 mil do Ministério do Turismo para autopromoção. Maia destinou a verba para associação de lobby da aviação regional realizar, em 2008, evento de balanço da CPI do Apagão Aéreo - da qual foi relator. O petista, principal estrela do seminário, diz não ver irregularidade no caso e que achou "interessante" a proposta da associação.
Favorito na Câmara usou verba para autopromoção
Candidato do PT destinou R$ 230 mil a evento em que foi principal estrela
Petista foi a seminário, onde era único político, para mostrar relatório da CPI do Apagão Aéreo, da qual foi o relator
Dimmi Amora, José Ernesto Credendio e Andreza Matais
BRASÍLIA - Nome do PT para disputar a presidência da Câmara, o deputado Marco Maia (PT-RS) usou dinheiro público, do Ministério do Turismo, para se autopromover.
Maia destinou R$ 230 mil do Orçamento da União para a Abetar, entidade de lobby da aviação aérea regional, com sede em São José dos Campos (SP), realizar um evento, em 2008, do qual foi o único político a participar e a principal estrela.
O presidente da Câmara foi ao evento apresentar o balanço da CPI do Apagão Aéreo, da qual foi relator.
Além do Ministério do Turismo, o seminário foi bancado pela Embraer, sócia e colaboradora da Abetar. A empresa é a fabricante do jato Legacy que se chocou com um avião da Gol, em 2007, acidente investigado pela CPI relatada por Maia.
O relatório do petista, aprovado pela comissão, defende que o governo injete recursos na aviação regional, um dos lobbies da Abetar.
A entidade é dirigida pelo empresário Apostole Lazaro Chryssafidis, presidente do PP de São José Campos (SP), sede da Embraer e uma das mais ricas cidades do país.
Em São José, Chryssafidis se aproximou do principal líder do PT no Vale do Paraíba, o deputado estadual e deputado federal eleito Carlinhos de Almeida, de quem foi coordenador da campanha para prefeito em 2008.
Entre 2007 e 2010, o Ministério do Turismo firmou 16 convênios com a Abetar, no valor de R$ 3,9 milhões para uma série de projetos, sem licitação, o que despertou a atenção do Ministério Público Federal na cidade, que abriu inquérito para verificar a prestação de contas.No último convênio, a Abetar, uma entidade voltada à aviação, obteve R$ 1,09 milhão do Ministério do Turismo em um programa de treinamento para 1.500 pessoas para a Copa do Mundo.
O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), após notícias da imprensa regional, apresentou na Câmara um requerimento em que pede explicações do governo sobre a relação com a Abetar.
OUTRAS LIGAÇÕES
Há outras conexões entre a entidade de lobby e o grupo político de Maia em Brasília.A Abetar também tentou subcontratar o IBDES, uma ONG de Brasília que tem como dirigente Heitor Kuser, irmão de um assessor parlamentar do deputado Maia.
O IBDES receberia dinheiro da Abetar para gerenciar um programa de competitividade do setor aéreo. Segundo a Abetar, a ONG não tinha capacidade técnica para o estudo, e o contato fracassou.
O deputado também destinou recursos do Orçamento, em 2009, para a entidade presidida pelo irmão do assessor. Neste caso, porém, o Ministério do Turismo não liberou o dinheiro.
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