Na Cinelândia, Obama dirá que Brasil e EUA partilham ideais democráticos e inclusão social
Fernando Eichenberg
Em seu discurso no Rio, no próximo domingo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacará valores comuns aos dois países, como a busca por inclusão social e a democracia. Segundo assessores da Casa Branca, será um pronunciamento diretamente dirigido aos brasileiros. O principal discurso, com teor político, detalhando sua visão de governo para a América Latina, está reservado para sua visita ao Chile, para onde Obama viajará após sua passagem pelo Brasil.
- Temos muitos valores em comum com os brasileiros. Eles são uma democracia; um país diversificado; um país que busca a inclusão social. Muitos dos valores especialmente acolhidos pelos americanos são partilhados pelos brasileiros, e, por isso, acreditamos na possibilidade de ter uma parceria forte com o Brasil. O discurso do presidente será focado nisso - disse o assessor adjunto do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes.
Em Santiago do Chile, ao lado do presidente Sebastián Piñera, as palavras de Obama terão um tom diferente, de acordo com a simbologia com que a Casa Branca adota nesta sua primeira visita à América do Sul, como "a viagem sinalizadora da política latino-americana de seu mandato".
- Nesse discurso, o presidente terá a oportunidade de falar para a região e expor o que estamos fazendo em um número de áreas-chave, como cooperação energética, segurança dos cidadãos, desenvolvimento e crescimento econômico, e democracia e direitos humanos - acrescentou Rhodes.
Relação bilateral será reforçada
No campo político, o assessor presidencial revelou que também estará no cardápio das conversas de Obama com os presidentes de Brasil e Chile a importância das transições "bem-sucedidas" de governos autoritários para regimes democráticos nos dois países, no contexto das atuais turbulências no mundo árabe, caso do Egito ou Tunísia:
- A presidente Rousseff representa, em muitos aspectos, o sucesso dessa transição. Penso que é algo sobre o que ele vai falar - revelou Rhodes.
Para o conselheiro sênior da Casa Branca para assuntos da América Latina, Dan Restrepo, a viagem servirá para recuperar a influência dos EUA na região, e continuar com a redução do sentimento antiamericano, "em constante queda nos últimos dois anos".
- O presidente Obama está determinado a agir de forma construtiva com líderes da região com focos similares nos desafios contemporâneos, e não em argumentos e debates ideológicos ultrapassados - disse Restrepo, numa clara referência ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, desafeto americano.
Restrepo salientou que Obama pretende fortalecer com a presidente Dilma Rousseff não apenas a relação bilateral, mas a possibilidade de estabelecer negociações trilaterais, na parceria de EUA-Brasil com outros países. Em temas mais delicados, os principais assessores da Casa Branca mantiveram a postura de uma abordagem genérica. Foi o caso da expectativa brasileira por um apoio explícito de Washington a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
- O presidente Obama e a presidente Rousseff vão, indubitavelmente, discutir sobre a reforma das Nações Unidas e o papel atual do Brasil no Conselho de Segurança. E eles vão, indubitavelmente, discutir isso num contexto mais amplo, de uma abrangência de arquitetura global que reflita as realidades mundiais - disse Restrepo.
FONTE: O GLOBO
Fernando Eichenberg
Em seu discurso no Rio, no próximo domingo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, destacará valores comuns aos dois países, como a busca por inclusão social e a democracia. Segundo assessores da Casa Branca, será um pronunciamento diretamente dirigido aos brasileiros. O principal discurso, com teor político, detalhando sua visão de governo para a América Latina, está reservado para sua visita ao Chile, para onde Obama viajará após sua passagem pelo Brasil.
- Temos muitos valores em comum com os brasileiros. Eles são uma democracia; um país diversificado; um país que busca a inclusão social. Muitos dos valores especialmente acolhidos pelos americanos são partilhados pelos brasileiros, e, por isso, acreditamos na possibilidade de ter uma parceria forte com o Brasil. O discurso do presidente será focado nisso - disse o assessor adjunto do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Ben Rhodes.
Em Santiago do Chile, ao lado do presidente Sebastián Piñera, as palavras de Obama terão um tom diferente, de acordo com a simbologia com que a Casa Branca adota nesta sua primeira visita à América do Sul, como "a viagem sinalizadora da política latino-americana de seu mandato".
- Nesse discurso, o presidente terá a oportunidade de falar para a região e expor o que estamos fazendo em um número de áreas-chave, como cooperação energética, segurança dos cidadãos, desenvolvimento e crescimento econômico, e democracia e direitos humanos - acrescentou Rhodes.
Relação bilateral será reforçada
No campo político, o assessor presidencial revelou que também estará no cardápio das conversas de Obama com os presidentes de Brasil e Chile a importância das transições "bem-sucedidas" de governos autoritários para regimes democráticos nos dois países, no contexto das atuais turbulências no mundo árabe, caso do Egito ou Tunísia:
- A presidente Rousseff representa, em muitos aspectos, o sucesso dessa transição. Penso que é algo sobre o que ele vai falar - revelou Rhodes.
Para o conselheiro sênior da Casa Branca para assuntos da América Latina, Dan Restrepo, a viagem servirá para recuperar a influência dos EUA na região, e continuar com a redução do sentimento antiamericano, "em constante queda nos últimos dois anos".
- O presidente Obama está determinado a agir de forma construtiva com líderes da região com focos similares nos desafios contemporâneos, e não em argumentos e debates ideológicos ultrapassados - disse Restrepo, numa clara referência ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, desafeto americano.
Restrepo salientou que Obama pretende fortalecer com a presidente Dilma Rousseff não apenas a relação bilateral, mas a possibilidade de estabelecer negociações trilaterais, na parceria de EUA-Brasil com outros países. Em temas mais delicados, os principais assessores da Casa Branca mantiveram a postura de uma abordagem genérica. Foi o caso da expectativa brasileira por um apoio explícito de Washington a um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
- O presidente Obama e a presidente Rousseff vão, indubitavelmente, discutir sobre a reforma das Nações Unidas e o papel atual do Brasil no Conselho de Segurança. E eles vão, indubitavelmente, discutir isso num contexto mais amplo, de uma abrangência de arquitetura global que reflita as realidades mundiais - disse Restrepo.
FONTE: O GLOBO
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