Estratégia para 2012 começa a ser discutida amanhã em fórum nacional
Maria Lima
BRASÍLIA. Na presença de cerca de três mil vereadores, prefeitos, parlamentares e líderes regionais, o comando do PMDB usará o fórum nacional do partido, que acontece amanhã em Brasília, para lançar o grito de guerra contra seu principal adversário nas eleições municipais de 2012: o PT. Hoje, o PMDB tem 1.165 prefeitos contra cerca de 400 do PT. E quer chegar a 1.300. O evento, com a presença da presidente Dilma Rousseff, será usado para dar uma demonstração de força do partido.
- Vai estar todo mundo pintado lá - brinca o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), sobre a disposição de guerra do partido para ampliar seu domínio em 2012.
- O certo é que o PMDB não vai dar refresco para ninguém para conseguir essa hegemonia nos municípios e no Parlamento. O PMDB não pode deixar de ser altamente combativo em 2012, porque em 2014 tem que estar preparado para tudo. Partido político só existe com o objetivo de chegar ao poder. E para tanto tem que ganhar eleição - completou o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, deputado Eliseu Padilha (RS), um dos organizadores do encontro, assim como Raupp.
Atualmente, Raupp e o presidente do PT, Rui Falcão, fazem uma corrida nos 27 estados para costurar alianças para 2012. Raupp disse que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o candidato a prefeito de São Paulo, o deputado Gabriel Chalita, serão as vitrines do PMDB na campanha do ano que vem.
PMDB fecha acordos com DEM, PPS E PSDB
O PMDB acredita ter outros nomes competitivos, como o radialista e ex-prefeito Mário Kertez, apoiado por Geddel Vieira Lima e pelo DEM, em Salvador; e o deputado Raul Henry, em Recife, apoiado por PSDB, DEM e PPS. Em Belo Horizonte, o partido espera ter o PSDB na coligação de Leonardo Quintão. Raupp afirmou que o acerto para apoiar a reeleição de Márcio Lacerda, do PSB, ainda não está fechado.
Os temas principais do encontro do PMDB são saúde, educação e segurança, além de municipalismo. Raupp e Padilha explicaram que a rejeição de qualquer mecanismo que signifique controle de mídia deve ser incluído no documento. O assunto será levado para discussão nas instâncias regionais e, depois, deliberado no congresso nacional do partido no fim do ano ou no conselho político, encontro com 200 lideranças, que se reúne logo após o fórum nacional.
Há um receio em setores do PMDB que a discussão melindre o PT, que defendeu um marco regulatório em seu congresso nacional há duas semanas.
- Essa é uma questão fechada no PMDB. Vamos levar o tema para ser debatido e, depois, no congresso, teremos uma discussão mais aprofundada para tirar uma posição formal - disse Padilha.
FONTE: O GLOBO
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