terça-feira, 21 de julho de 2015

Presidente Dilma e seu governo têm piores avaliações desde 2011

Lucas Marchesini e Bruno Peres | Valor Econômico

BRASÍLIA - (Atualizada às 11h38) A avaliação do governo e da própria presidente Dilma Rousseff registraram os níveis mais baixos desde 2011, conforme pesquisa da CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira.

A avaliação positiva do governo atual ficou em 7,7% em julho, abaixo dos 10,8% apurados em março e distantes dos 49% de agosto de 2011, o primeiro levantamento sobre o mandato de Dilma.

Por sua vez. a avaliação negativa da gestão da presidente correspondeu a 70,9% em julho, sendo que 18,5% classificaram como ruim e 52,4% como péssima. Em março, a percepção negativa somou 64,8%. Em agosto de 2011, essa cifra era 9%.

O índice de desaprovação da presidente subiu para 79,9% em julho, ante 77,7% registrados na pesquisa antecedente. A aprovação da dirigente caiu de 18,9% para 15,3%. Em agosto de 2011, esses percentuais eram 21% e 70%, respectivamente.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios nas cinco regiões do país, entre os dias 12 e 16 de julho. A pesquisa de março é a mais recente antes da divulgada neta terça-feira.

Lava-Jato
A presidente Dilma é considerada culpada pela corrupção investigada na operação Lava-Jato por 69,2% dos entrevistados que declararam acompanhar o noticiário sobre o caso. Esse número representa 78,3% do total de entrevistados.

Dentro desse grupo, 40,4% apontou o governo como o maior responsável pela corrupção investigada nessa operação. Outros 34,4% assinalaram os partidos políticos como o principal responsável, enquanto 14,2% indentificaram como maior culpado os diretores ou funcionários das empresas. As construtoras foram apontadas por 3,5% dos entrevistados que acompanham o noticiário sobre o caso.

A maioria dos entrevistados para a pesquisa CNT/MDA está descrente com a possibilidade de punição dos investigados. Entre os que acompanham o noticiário sobre a Lava-Jato, 30% acreditam que os envolvidos em corrupção serão punidos, enquanto 67,1% não acreditam.

Além disso, 86,8% dos entrevistados do mesmo grupo afirmaram que as denúncias sobre corrupção na Petrobras prejudicam a economia no país, enquanto 11,9% discordam dessa afirmação.

Mais de 60% se declara a favor de impeachment de Dilma, revela CNT/MDA
Quase dois terços da população é a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, de acordo com a pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira. O levantamento entrevistou 2.002 pessoas, das quais 62,8% se disseram a favor do impeachment da presidente. Outros 32,1% se disseram contra o impeachment de Dilma, enquanto 5,1% não souberam ou não responderam a pergunta.

Entre os motivos assinalados para um eventual afastamento da presidente, 26,8% apontaram irregularidades nas prestações de contas do governo envolvendo as “pedaladas” fiscais. Além disso, 25% indicaram como causa a corrupção na Petrobras, enquanto 14,2% apontaram como motivo as irregularidades nas contas da campanha para a Presidência em 2014. Outros 44,6% assinalaram todos os três motivos apresentados.

Lula perderia 2º turno para para Aécio, Serra ou Alckmin
O ex-presidente Lula perderia em um eventual segundo turno para os três principais políticos do PSDB, caso a eleição presidencial fosse realizada nas datas da pesquisa CNT/MDA, entre 12 e 16 de julho.

A maior diferença seria em uma disputa com o senador Aécio Neves. Nesse caso, o tucano receberia 49,6% dos votos dos entrevistados contra 28,5% para Lula. Além disso, 17,6% indicaram que votariam em branco ou nulo.

Já em uma disputa contra o senador José Serra, o petista receberia 31,8% dos votos contra 40,3% do ex-governador de São Paulo. Nesse caso, 21,8% votariam em branco ou nulo.

A menor margem aconteceria em uma disputa contra o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Nessa simulação, o tucano receberia 39,9% dos votos válidos, contra 32,3% para Lula e 20,8% em branco ou nulo.

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