Márcio de Morais
DEU NO ESTADO DE MINAS
Presidente nacional do partido garante que candidato tucano à sucessão de Lula será escolhido de forma democrática. Ele se colocou à disposição de Aécio para acompanhá-lo em suas viagens
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse ontem ao Estado de Minas que o PSDB vai às prévias, pois não existe preferência ou que seria a “vez” do governador de São Paulo, José Serra, como candidato único do partido à eleição presidencial de 2010, na qual o país escolherá o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Guerra revelou que, na quarta-feira, durante visita que fez ao gabinete do governador no Palácio da Liberdade, ele próprio fez convite a Aécio Neves para que inclua, no seu roteiro de viagem pelas prévias, a cidade de Petrolina, no seu estado natal, Pernambuco.
O presidente tucano ainda se ofereceu para integrar a comitiva do mineiro e lhe solicitou o envio da agenda de viagens, para ter conhecimento das datas disponíveis a novos compromissos. Isso vai permitir, segundo Guerra, que possa agendar visitas de Aécio Neves à sua área geográfica de influência, como Petrolina. “Eu vou (viajar) com o Aécio quantas vezes ele quiser”, acentuou, ao negar que haja uma definição da cúpula do partido em favor da segunda candidatura de Serra à presidência – na primeira, em 2002, o paulista foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Desminto que eu tenha feito qualquer afirmação (ao governador) nesses termos”, assegurou, referindo-se a informações publicadas ontem por jornais paulistas. Irritado com a repercussão da notícia, Guerra esclareceu que, ainda ontem, faria contato pessoal com a redação da publicação para corrigir a informação, publicada sem identificação da origem. O secretário-geral do PSDB, Rodrigo de Castro, única testemunha presente ao encontro de Aécio com Guerra, confirmou em Belo Horizonte o teor das declarações do presidente do partido: “Não houve esse tipo de conversa”.
Guerra também defendeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, citado na matéria como favorável à não-realização das prévias e contrário à insistência de Aécio em disputar a indicação com seu colega paulista. “O Fernando Henrique me disse que, ao atender o jornal, propôs: ‘Vamos às prévias”, relatou Guerra, ao demonstrar seu estranhamento ao conteúdo e sua convicção pessoal sobre a corrida sucessória. “O PSDB ganha (as eleições) com Aécio e com Serra – não dividido”, justificou-se.
O senador demonstrou, no entanto, ter esperanças de que haja um acordo no partido para permitir a definição consensual do escolhido e evitar a disputa interna. Ao relacionar os três princípios que norteiam o processo de escolha do candidato (veja abaixo) dentro do partido, condicionou: “Haverá prévias, se houver disputa pela indicação do candidato”.
Guerra afirmou que ainda não tem os esclarecimentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as dúvidas do PSDB para realização de eleições primárias, já que pela primeira vez elas entram na pauta de um partido no país. ”É muito simples (o que o partido quer saber): como se pode financiar as pré-campanhas, já que hoje a legislação só prevê financiamento da eleição; como fazer a propaganda dos pré-candidatos e quais os limites devem ser observados para isso”. O PSDB pretende se reunir com o presidente do TSE, para obter tais esclarecimentos, em fevereiro. (Com Isabella Souto)
DECISÕES
Segundo o presidente tucano, senador Sérgio Guerra, o partido já definiu três pressupostos sobre a disputa para 2010:
1 Haverá prévias, se houver disputa pela indicação do candidato à sucessão de Lula;
2 Aécio Neves (serve também para Serra) deve desenvolver e apresentar, tão logo possa, a programação de viagens da pré-campanha;
3 Escolha do candidato do PSDB só será definida no segundo semestre de 2009.
DEU NO ESTADO DE MINAS
Presidente nacional do partido garante que candidato tucano à sucessão de Lula será escolhido de forma democrática. Ele se colocou à disposição de Aécio para acompanhá-lo em suas viagens
O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), disse ontem ao Estado de Minas que o PSDB vai às prévias, pois não existe preferência ou que seria a “vez” do governador de São Paulo, José Serra, como candidato único do partido à eleição presidencial de 2010, na qual o país escolherá o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Guerra revelou que, na quarta-feira, durante visita que fez ao gabinete do governador no Palácio da Liberdade, ele próprio fez convite a Aécio Neves para que inclua, no seu roteiro de viagem pelas prévias, a cidade de Petrolina, no seu estado natal, Pernambuco.
O presidente tucano ainda se ofereceu para integrar a comitiva do mineiro e lhe solicitou o envio da agenda de viagens, para ter conhecimento das datas disponíveis a novos compromissos. Isso vai permitir, segundo Guerra, que possa agendar visitas de Aécio Neves à sua área geográfica de influência, como Petrolina. “Eu vou (viajar) com o Aécio quantas vezes ele quiser”, acentuou, ao negar que haja uma definição da cúpula do partido em favor da segunda candidatura de Serra à presidência – na primeira, em 2002, o paulista foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Desminto que eu tenha feito qualquer afirmação (ao governador) nesses termos”, assegurou, referindo-se a informações publicadas ontem por jornais paulistas. Irritado com a repercussão da notícia, Guerra esclareceu que, ainda ontem, faria contato pessoal com a redação da publicação para corrigir a informação, publicada sem identificação da origem. O secretário-geral do PSDB, Rodrigo de Castro, única testemunha presente ao encontro de Aécio com Guerra, confirmou em Belo Horizonte o teor das declarações do presidente do partido: “Não houve esse tipo de conversa”.
Guerra também defendeu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, citado na matéria como favorável à não-realização das prévias e contrário à insistência de Aécio em disputar a indicação com seu colega paulista. “O Fernando Henrique me disse que, ao atender o jornal, propôs: ‘Vamos às prévias”, relatou Guerra, ao demonstrar seu estranhamento ao conteúdo e sua convicção pessoal sobre a corrida sucessória. “O PSDB ganha (as eleições) com Aécio e com Serra – não dividido”, justificou-se.
O senador demonstrou, no entanto, ter esperanças de que haja um acordo no partido para permitir a definição consensual do escolhido e evitar a disputa interna. Ao relacionar os três princípios que norteiam o processo de escolha do candidato (veja abaixo) dentro do partido, condicionou: “Haverá prévias, se houver disputa pela indicação do candidato”.
Guerra afirmou que ainda não tem os esclarecimentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as dúvidas do PSDB para realização de eleições primárias, já que pela primeira vez elas entram na pauta de um partido no país. ”É muito simples (o que o partido quer saber): como se pode financiar as pré-campanhas, já que hoje a legislação só prevê financiamento da eleição; como fazer a propaganda dos pré-candidatos e quais os limites devem ser observados para isso”. O PSDB pretende se reunir com o presidente do TSE, para obter tais esclarecimentos, em fevereiro. (Com Isabella Souto)
DECISÕES
Segundo o presidente tucano, senador Sérgio Guerra, o partido já definiu três pressupostos sobre a disputa para 2010:
1 Haverá prévias, se houver disputa pela indicação do candidato à sucessão de Lula;
2 Aécio Neves (serve também para Serra) deve desenvolver e apresentar, tão logo possa, a programação de viagens da pré-campanha;
3 Escolha do candidato do PSDB só será definida no segundo semestre de 2009.
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