DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Coligação terá PT, PSB e PC do B, ex-adversários da eleição de 2006
Luciana Nunes Leal
RIO - Na tentativa de isolar o ex-aliado Anthony Garotinho, que pretende disputar o governo do Rio pelo PR, o governador Sérgio Cabral (PMDB) negocia a formação de uma chapa muito mais ampla que a de 2006, quando foi eleito para o primeiro mandato. Adversários do peemedebista no primeiro turno da eleição passada, PT, PSB e PC do B estarão na aliança pela reeleição de Cabral. O governador tenta atrair ainda o PDT e deverá manter a parceria anterior com PP e PTB.
Cabral também tem a seu lado outro ex-adversário, o prefeito Eduardo Paes, que disputou o governo em 2006 pelo PSDB, mas migrou para o PMDB no ano seguinte. Paes é hoje um dos mais próximos aliados do governador e terá papel importante na campanha da capital.
No plano nacional, a ação do governador é para se firmar como o principal aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff. No carnaval, Cabral expôs sua contrariedade com o fato de Dilma ter se aproximado de Garotinho, que também apoia a ministra, e chamou a atenção para os riscos do palanque duplo no Rio.
A intenção de Cabral é reproduzir no Estado a disputa nacional entre o PT de Dilma e o PSDB do governador José Serra. Os aliados do tucano insistem em que o principal adversário será o deputado Fernando Gabeira (PV), que disputará o governo em coligação com o PSDB, o DEM e o PPS.
"Vamos montar um palanque muito mais forte nesta eleição. Haverá no Rio a mesma polarização nacional. Em eleições presidenciais, as disputas estaduais ficam em segundo plano. Cabral está conseguindo trazer praticamente todos os partidos que estão com Lula e Dilma", diz o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
As duas vagas de candidatos ao Senado estão reservadas para o PMDB, com o presidente a Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, e para o PT, que vai decidir entre a ex-governadora Benedita da Silva e o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias.
No PMDB do Rio, ainda há expectativa da desistência de Garotinho, hipótese rebatida pelo ex-governador e pré-candidato do PR. "Isso é desespero do Cabral. O problema para ele é que o interior e a Baixada Fluminense estão comigo e a capital está com Gabeira. O que sobra para o Cabral? Eu não troco votos com o Gabeira e sim com o Cabral", diz Garotinho.
O PMDB ofereceu uma suplência de Senado para o PDT, mas os pedetistas ainda estão divididos sobre o futuro no Rio. Entre os partidos da base de Lula que enfrentaram Cabral em 2006, apenas o PRB não está em negociação com o PMDB.
Coligação terá PT, PSB e PC do B, ex-adversários da eleição de 2006
Luciana Nunes Leal
RIO - Na tentativa de isolar o ex-aliado Anthony Garotinho, que pretende disputar o governo do Rio pelo PR, o governador Sérgio Cabral (PMDB) negocia a formação de uma chapa muito mais ampla que a de 2006, quando foi eleito para o primeiro mandato. Adversários do peemedebista no primeiro turno da eleição passada, PT, PSB e PC do B estarão na aliança pela reeleição de Cabral. O governador tenta atrair ainda o PDT e deverá manter a parceria anterior com PP e PTB.
Cabral também tem a seu lado outro ex-adversário, o prefeito Eduardo Paes, que disputou o governo em 2006 pelo PSDB, mas migrou para o PMDB no ano seguinte. Paes é hoje um dos mais próximos aliados do governador e terá papel importante na campanha da capital.
No plano nacional, a ação do governador é para se firmar como o principal aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da pré-candidata à Presidência Dilma Rousseff. No carnaval, Cabral expôs sua contrariedade com o fato de Dilma ter se aproximado de Garotinho, que também apoia a ministra, e chamou a atenção para os riscos do palanque duplo no Rio.
A intenção de Cabral é reproduzir no Estado a disputa nacional entre o PT de Dilma e o PSDB do governador José Serra. Os aliados do tucano insistem em que o principal adversário será o deputado Fernando Gabeira (PV), que disputará o governo em coligação com o PSDB, o DEM e o PPS.
"Vamos montar um palanque muito mais forte nesta eleição. Haverá no Rio a mesma polarização nacional. Em eleições presidenciais, as disputas estaduais ficam em segundo plano. Cabral está conseguindo trazer praticamente todos os partidos que estão com Lula e Dilma", diz o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
As duas vagas de candidatos ao Senado estão reservadas para o PMDB, com o presidente a Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, e para o PT, que vai decidir entre a ex-governadora Benedita da Silva e o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias.
No PMDB do Rio, ainda há expectativa da desistência de Garotinho, hipótese rebatida pelo ex-governador e pré-candidato do PR. "Isso é desespero do Cabral. O problema para ele é que o interior e a Baixada Fluminense estão comigo e a capital está com Gabeira. O que sobra para o Cabral? Eu não troco votos com o Gabeira e sim com o Cabral", diz Garotinho.
O PMDB ofereceu uma suplência de Senado para o PDT, mas os pedetistas ainda estão divididos sobre o futuro no Rio. Entre os partidos da base de Lula que enfrentaram Cabral em 2006, apenas o PRB não está em negociação com o PMDB.
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