"Para Pasquino, a passagem do velho ao novo “reformismo”consistiria em promover, mais do que coalizões segundo interesses, coalizões segundo valores. Entre estes, como vimos, indica o ambiente, o direito à informação, a paz, associando-os à complementação da democracia política com a democracia social e à penetração da “cultura dos serviços” nos aparelhos da administração pública. São os novos “desafios” que a esquerda tem diante de si. Mas todos – uns mais, outros menos – pressupõem a possibilidade de desenvolver uma eficaz ação política supranacional. Não só as políticas de ambiente, paz e informação (que não poderiam ser implementadas sem a iniciativa pactuada dos países europeus e sem a ação que a Europa unida poderia desenvolver no cenário mundial), mas também o desenvolvimento da democracia econômica e da democracia social (que implicam o controle sobre a acumulação e a inovação, decididas de modo cada vez mais direto por “potências” econômicas supranacionais) e a reorientação dos aparelhos da administração pública e dos serviços requerem a unificação dos mecanismos de regulação em escala europeia e a superação dos modelos burocráticos herdados do Estado nacional."
In. Giuseppe Vacca, ‘Por um novo reformismo”. Pág. 92. Fundação Astrojildo Pereira/Contraponto, 2009.
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