quarta-feira, 9 de julho de 2014

Mineirazo



Um comentário:

Fernando Carvalho disse...

Temos que arranjar uma explicação para essa derrota. Teria sido um repeteco do maracanazo de 1950? Foi muito pior, no maracanazo a derrota foi por um gol do Uruguai e a Seleção brasileira estava disputando o primeiro lugar. No mineirazo do Felipão a derrota para a Alemanha foi por 7 a 1 . Um "maracanazo" com uma carga de perplexidade, vergonha e desmoralização conquistando vaga para o terceiro ou quarto lugar.
Quando no primeiro tempo ainda, a Alemanha fez o quinto gol. Pensei no jogo de xadrez e imaginei o rei Felipão se deitando no gramado e dando a vitória à Alemanha.
Dando asas à galhofa: será que a magia da cor rubro negra usada pela Alemanha atemorizou a Seleção? Já ouvi dizer que Nelson Rodrigues dizia que "O adversário treme diante dessa camisa". Já tem gente falando em Flalemanha e Deutschmengo. Minha mãe acha que pelo fato da Alemanha ter passado pela Bahia e usado essas cores foi tudo estratégia de algum centro de candomblé: os alemães contaram com ajuda de exú tranca rua, exú arranca toco e por aí vai. Para ficar no terreno do mágico e da superstição lembremo-nos que o primeiro gol da Copa das Copas foi um gol contra do Brasil, mau presságio.
Voltando a falar sério. Terminou, ironia da história, que aqueles que diziam que "Não vai ter copa" acertaram, pelo menos para os brasileiros a copa acabou. Eles também acertaram quanto à Fifa: uma quadrilha de cambistas que atuou nas duas últimas copas da Coréia/Japão, e da África do Sul, está trabalhando ativamente no Mundial do Brasil. Já está sendo investigada pela polícia que já prendeu onze membros. A "escolha" de Brasil para 2014, Rússia para 2018 e Catar para 2022 custou bilhões. Corrupção padrão Fifa.
É claro que nossa seleção estava sob violento estresse e com o moral abalado devido à perda de dois jogadores importantes, inclusive o endeusado Neymar . Já se fala em "apagão", "colapso". A CBF contratou uma psicóloga para massagear o ego dos jogadores, mas parece que não adiantou. Diante de cães tipo pastor alemão, o complexo de vira-lata dos jogadores brasileiros aflorou com exuberância. A Alemanha encontrou um osso duro de roer jogando contra Argélia e Gana, e comeu o Brasil como se fosse carne moída.
Por causa do maracanazo do Mundial de 1950 o pobre do Moacyr Barbosa foi anatematizado pelo resto de sua vida. Um goleiro genial que já defendera quatro pênaltis numa mesma partida quando jogava pelo time do Ypiranga de acordo com a oportuna biografia do goleiro escrita pelo jornalista Bruno Freitas: "Queimando as traves de 50".
Que o resultado de ontem, o mineirazo do Felipão, sirva para a reabilitação post mortem do goleiro Barbosa.