O Estado de S. Paulo
Dificuldades de Lula para governar têm um defeito de saída
Lula está jogando com um time velho e
experiente. É o que torna maior a surpresa com as dificuldades que o presidente
exibe até aqui para governar.
A recente bronca dada em público em reunião
com 19 de seus 37 ministros revelou uma séria desarticulação. Que aponta um
defeito de saída: a falta de conjunto e de um sentido e direção.
A mesma bronca dada nos ministros havia
sido aplicada pelo presidente da Câmara no presidente da República.
Aparentemente com razão, Arthur Lira se queixa da lentidão de Lula em compor os
entendimentos políticos que definem a ocupação de comissões e a distribuição
geral de cargos.
O problema, apontou Lira, é que sem essas definições (que ainda estão em curso) não existe a tal “base” para votações. Note-se que essa advertência foi formulada antecipando vulnerabilidades do governo para garantir no Congresso a permanência de mecanismos com impacto na arrecadação (o voto de qualidade no Carf é um entre vários exemplos).
A causa da “lentidão” pode ser vista como
prudência. No caso atual de Lula, parece ser hesitação. Por sua vez,
compreensível: o presidente tem sido alertado para o fato de que, mesmo
distribuindo verbas e cargos, os partidos que compõem a tal “frente ampla” não
garantem automaticamente maiorias no Congresso.
Mais de um interlocutor do presidente
observou que ele oscila entre, por um lado, dar ouvidos a sua velha-guarda, que
pensa que venceu as eleições de 1989. E, por outro, em compor um programa de
governo com correntes políticas que, na maçaroca ideológica brasileira, cada
vez mais se voltam para suas questões regionais.
Sabia-se bem antes de outubro passado que o
Lula 3 jamais teria o conforto de uma lua de mel pós-eleições, aspecto agravado
pela pequena margem da vitória. A “calcificação” da polarização não recuou. É
significativo registrar o grau de desconfiança que perdura em relação ao atual
presidente por dirigentes de vários setores da economia, especialmente finanças
e agroindústria.
E vice-versa. “Não vou governar para o
mercado”, tem dito o presidente. Lula considera que as percepções de agentes
econômicos, sobretudo quanto a riscos fiscais, são moldadas por aspectos
político-ideológicos – entre eles, um acentuado antipetismo. Que não são
passíveis, portanto, de “pacificação”.
Dificuldades para escalar um governo,
coordenar vários partidos, assegurar maiorias no Parlamento e atender a
demandas sociais e dos agentes de mercado são da natureza da política e valem
para qualquer dirigente. O problema para Lula 3 é quando ecoa em cada um desses
segmentos, da política e da economia, a mesma pergunta: qual é o plano dele?
8 comentários:
Bobagens. Qual era o plano do bozo?
Nenhum. E nem o pouquíssimo no q trabalhou, o golpe, conseguiu implantar.
E ele, bozo, tinha maioria? Sim.
Lula tb pode ter maioria. E terá. É só uma questão de preço - as ideias vêm em segundo lugar.
Ah, ideias o time do Lula tem muito melhores, até porque o bozo nem sequer pensava.
Com todo respeito à opinião do nobre colega do comentário anterior, no caso do bozo, já a caminho de genocida e com o processo sobre a muamba das arábias contrabandista, ninguém nunca esperou nada. Só foi eleito pelo martelado “nós contra eles” e o desastre da dilma e as evidências da Lava Jato que estressaram a sociedade a ponto de radicalizar e votar no tal capitão que acabou por enlamear a farda de nossas forças armadas. Triste Brasil.
Qual é o plano e o sentido do Estadão ao manter a soldo um escriba racista e de tão baixa extração e qualidade como esse velho e viciado WW?
Séria desarticulação é quando o jornalista faz comentário racista acreditando que não está no ar, mas ele está enganado ou a emissora o enganou, e todos os milhões de telespectadores escutaram perfeitamente o comentário racista. A articulação do programa jornalístico não funcionou por sério problema!
Verdade. Tiro no pé. Tiro pela culatra. Dilma desastrosa? Trocaram-na por alguém muito mais desastroso.
Burrice mata.
Quem sabe um dia a gente consegue um bruxo adivinho para nos mostrar que é o menos desastroso. Triste Brasil.
Cala a bocarra Man, vc não vale um milímetro do jornalista. Inveja mata, sabia?
Carácoles!
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