DA AGÊNCIA FOLHA
Os partidos que se consideram mais à esquerda são os enfrentam a maior rejeição de eleitores nas capitais, de acordo com as pesquisas de intenção de voto. Em 12 das 26 capitais, PSTU, PSOL ou PCO têm candidatos líderes em rejeição -em uma das capitais, esses partidos não têm candidato.
O PSTU, que prega a expropriação de grandes empresas, lidera a rejeição em sete capitais. Entre os partidos fora desse espectro político, o DEM é o que tem mais candidatos rejeitados: quatro. Os dados são de oito pesquisas do Datafolha e de 18 do Ibope. Os entrevistados, além de dizer em quem votariam para prefeito, respondem sobre quem não escolheriam de jeito nenhum.
Neste quesito, três são candidatos à reeleição como prefeitos: Duciomar Costa (PTB), em Belém, Serafim Corrêa (PSB), em Manaus, e João Henrique (PMDB), empatado com ACM Neto (DEM) em Salvador.
Para o PSTU, a rejeição é provocada por campanhas feitas sem "marqueteiros". "A gente não é mercador de ilusões. A gente trata a realidade tal qual ela é e apresenta alternativa", diz Kátia Telles, candidata da legenda em Recife. Em pesquisa do Datafolha, ela é rejeitada por 38% dos eleitores -está junto ao candidato Cadoca (PSC), com 41%.
Kátia, porém, diz que vem sendo bem recebida na campanha e que tem muita receptividade em alguns setores, como sindicatos.
Para a direção do PSOL, com alta rejeição em seis capitais, uma causa possível é a falta de um "enraizamento" do partido. "É apenas a nossa primeira eleição municipal", disse Miguel Carvalho, presidente da sigla em São Paulo.
Segundo cientista político Marcus Figueiredo, do Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), o eleitorado tende a se afastar de posições radicais que, segundo ele, são mantidas por esses partidos.
"Eles adotam um tom denuncista. Ficam em um discurso de marcar posição política", afirma Figueiredo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário