Catia Seabra e Vinicius Queiroz Galvão
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Em reunião, governador de SP, democratas e tucanos avaliaram como positiva a crise para sua candidatura à Presidência
Para tucano, mudanças na relação entre indivíduos da política brasileira de 90 para cá é fascinante; "Isso é coisa para tese de mestrado"
Um dia depois de discutir com aliados o efeito positivo da crise no Senado para sua candidatura à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ironizou ontem o que chamou de mudanças na relação entre os indivíduos na política da década de 90 para cá.
Nos anos 90, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se opunha ao hoje presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e ao ex-presidente Fernando Collor de Mello (AL). Hoje, conta com os dois na sua base de sustentação. Serra, porém, não citou seus nomes.
Questionado sobre a troca de farpas protagonizada na véspera no Senado, onde Collor fez enfática defesa de Sarney, simplesmente alfinetou:
"Não é que não tenha as minhas opiniões. Não vou entrar [no assunto]. Agora, realmente ver as mudanças na política brasileira de 90 para cá, na relação entre indivíduos, é fascinante. Isso é coisa para tese de mestrado e de doutorado".
Na noite de segunda-feira, o impacto da crise esteve na pauta da reunião de Serra com tucanos e democratas.
A avaliação dos participantes foi a de que Lula se dedica à contenção da crise, em vez de se lançar na campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A retração de Lula alivia a pressão sobre Serra para que se declare candidato agora.
"Parecia que o governo ia passar um trator sobre nós. O governo vivia uma fantasia e, agora, caiu na realidade", afirmou o vice-governador Alberto Goldman (PSDB).
Serra, no entanto, desconversou quando o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), sugeriu que levantasse munição para a CPI da Petrobras. Segundo um participante, o governador paulista disse que essa não era sua área de atuação durante o governo FHC.
Na reunião, também foi avaliada a composição nos Estados onde DEM e PSDB enfrentam problemas, como Rio Grande do Norte e Maranhão.
Ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também abordou a crise. Segundo ele, "os diálogos nos jornais são de arrepiar, são de envergonhar. Ontem [segunda-feira] foi terrível. Aquilo mostra falta de compostura", disse.
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Em reunião, governador de SP, democratas e tucanos avaliaram como positiva a crise para sua candidatura à Presidência
Para tucano, mudanças na relação entre indivíduos da política brasileira de 90 para cá é fascinante; "Isso é coisa para tese de mestrado"
Um dia depois de discutir com aliados o efeito positivo da crise no Senado para sua candidatura à Presidência, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ironizou ontem o que chamou de mudanças na relação entre os indivíduos na política da década de 90 para cá.
Nos anos 90, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se opunha ao hoje presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e ao ex-presidente Fernando Collor de Mello (AL). Hoje, conta com os dois na sua base de sustentação. Serra, porém, não citou seus nomes.
Questionado sobre a troca de farpas protagonizada na véspera no Senado, onde Collor fez enfática defesa de Sarney, simplesmente alfinetou:
"Não é que não tenha as minhas opiniões. Não vou entrar [no assunto]. Agora, realmente ver as mudanças na política brasileira de 90 para cá, na relação entre indivíduos, é fascinante. Isso é coisa para tese de mestrado e de doutorado".
Na noite de segunda-feira, o impacto da crise esteve na pauta da reunião de Serra com tucanos e democratas.
A avaliação dos participantes foi a de que Lula se dedica à contenção da crise, em vez de se lançar na campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A retração de Lula alivia a pressão sobre Serra para que se declare candidato agora.
"Parecia que o governo ia passar um trator sobre nós. O governo vivia uma fantasia e, agora, caiu na realidade", afirmou o vice-governador Alberto Goldman (PSDB).
Serra, no entanto, desconversou quando o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), sugeriu que levantasse munição para a CPI da Petrobras. Segundo um participante, o governador paulista disse que essa não era sua área de atuação durante o governo FHC.
Na reunião, também foi avaliada a composição nos Estados onde DEM e PSDB enfrentam problemas, como Rio Grande do Norte e Maranhão.
Ontem, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também abordou a crise. Segundo ele, "os diálogos nos jornais são de arrepiar, são de envergonhar. Ontem [segunda-feira] foi terrível. Aquilo mostra falta de compostura", disse.
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