DEU NO JORNAL DO BRASIL
Em sabatina hoje, Dilma e Serra apresentam programas
Tecnicamente empatados nas pesquisas eleitorais, os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) participam hoje do Exame Fórum – Brasil: a construção da 5ª maior economia do mundo.
Na sabatina, os pré-candidatos terão de mostrar as diferenças que apresentam para convencer os eleitores de que são a melhor opção para o país crescer. Apesar de ambos garantirem que não vão mexer na chamada “santíssima trindade” da economia brasileira – metas fiscal e de inflação, além de câmbio flutuante – especialistas afirmam que falta objetividade nos discursos.
Neste ponto, dizem, Dilma saiu na frente por dar mais clareza às propostas.
– A Dilma falou em Nova York que vai reduzir as metas de inflação, mas gradualmente. O Serra ainda não foi tão claro. Por esse aspecto, ela saiu na frente – avalia o ex-diretor de política monetária do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas.
Segundo o economista, tanto Dilma quanto Serra prometeram que não vão mexer no tripé da economia brasileira, e garantiram que vão promover a reforma tributária no país.
Contudo, diz Thadeu, falta apresentarem meios de cumprir as promessas.
– Os dois são muito competentes e responsáveis, não vão mudar os rumos da economia.
Mas ainda não se conhece que tipo de reforma cada um tem em mente. Qual será o ritmo da política fiscal a ser implementada por cada um? Eles precisam apresentar com mais clareza o ritmo da política tributária que pretendem adotar – disse.
Oportunidades na crise No último dia 20, o economista Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), afirmou que o Brasil deve aproveitar a oportunidade de transição da economia para um desenvolvimento que prioriza a sustentabilidade, a fim de se tornar uma liderança mundial, durante um encontro na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
Para o economista Adriano Pires, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dilma tem a vantagem de ser a candidata de um governo bem avaliado na área econômica.
– Não há dúvidas de que o governo Lula, do qual Dilma fez parte, promoveu a melhora do poder aquisitivo da população mais pobre do país. Mérito do governo, mas também houve ajuda do cenário internacional.
De 2003 a 2008, a economia mundial viveu céu de brigadeiro – ponderou. – A Dilma dá sinais de que terá uma gestão mais populista, ou seja, vai fazer o Estado gastar mais, investir e abrir crédito. A população terá de decidir se considera isso bom para o país.
Segundo Pires, em contraponto a Dilma, José Serra se mostra mais conservador. E acertou ao prometer desonerar o PIS e Confins das obras de saneamento, já que o país precisa investir em infraestrutura.
Estado forte Ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, Rubens Ricúpero também acredita que Dilma estará disposta a abrir os cofres públicos para garantir investimentos e linhas de crédito para as camadas mais pobres, enquanto Serra tentaria reduzir essa conta.
– Há uma semelhança grande entre os dois, ambos são desenvolvimentistas e querem investir em infraestrutura. A diferença está na disposição dos gastos de custeio da máquina governamental.
Os pré-candidatos do PT e do PSDB participam em horários distintos do Fórum Exame.
Dilma discursará às 11h; Serra, às 16h. Após participar do evento, a petista deverá cumprir agenda política no Rio de Janeiro.
Os demais candidatos não participam do fórum.
Em sabatina hoje, Dilma e Serra apresentam programas
Tecnicamente empatados nas pesquisas eleitorais, os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) participam hoje do Exame Fórum – Brasil: a construção da 5ª maior economia do mundo.
Na sabatina, os pré-candidatos terão de mostrar as diferenças que apresentam para convencer os eleitores de que são a melhor opção para o país crescer. Apesar de ambos garantirem que não vão mexer na chamada “santíssima trindade” da economia brasileira – metas fiscal e de inflação, além de câmbio flutuante – especialistas afirmam que falta objetividade nos discursos.
Neste ponto, dizem, Dilma saiu na frente por dar mais clareza às propostas.
– A Dilma falou em Nova York que vai reduzir as metas de inflação, mas gradualmente. O Serra ainda não foi tão claro. Por esse aspecto, ela saiu na frente – avalia o ex-diretor de política monetária do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas.
Segundo o economista, tanto Dilma quanto Serra prometeram que não vão mexer no tripé da economia brasileira, e garantiram que vão promover a reforma tributária no país.
Contudo, diz Thadeu, falta apresentarem meios de cumprir as promessas.
– Os dois são muito competentes e responsáveis, não vão mudar os rumos da economia.
Mas ainda não se conhece que tipo de reforma cada um tem em mente. Qual será o ritmo da política fiscal a ser implementada por cada um? Eles precisam apresentar com mais clareza o ritmo da política tributária que pretendem adotar – disse.
Oportunidades na crise No último dia 20, o economista Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Política Econômica Aplicada (Ipea), afirmou que o Brasil deve aproveitar a oportunidade de transição da economia para um desenvolvimento que prioriza a sustentabilidade, a fim de se tornar uma liderança mundial, durante um encontro na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.
Para o economista Adriano Pires, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dilma tem a vantagem de ser a candidata de um governo bem avaliado na área econômica.
– Não há dúvidas de que o governo Lula, do qual Dilma fez parte, promoveu a melhora do poder aquisitivo da população mais pobre do país. Mérito do governo, mas também houve ajuda do cenário internacional.
De 2003 a 2008, a economia mundial viveu céu de brigadeiro – ponderou. – A Dilma dá sinais de que terá uma gestão mais populista, ou seja, vai fazer o Estado gastar mais, investir e abrir crédito. A população terá de decidir se considera isso bom para o país.
Segundo Pires, em contraponto a Dilma, José Serra se mostra mais conservador. E acertou ao prometer desonerar o PIS e Confins das obras de saneamento, já que o país precisa investir em infraestrutura.
Estado forte Ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, Rubens Ricúpero também acredita que Dilma estará disposta a abrir os cofres públicos para garantir investimentos e linhas de crédito para as camadas mais pobres, enquanto Serra tentaria reduzir essa conta.
– Há uma semelhança grande entre os dois, ambos são desenvolvimentistas e querem investir em infraestrutura. A diferença está na disposição dos gastos de custeio da máquina governamental.
Os pré-candidatos do PT e do PSDB participam em horários distintos do Fórum Exame.
Dilma discursará às 11h; Serra, às 16h. Após participar do evento, a petista deverá cumprir agenda política no Rio de Janeiro.
Os demais candidatos não participam do fórum.
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