DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - As novas pesquisas de opinião nesta semana dirão se Dilma Rousseff (PT) de fato estancou sua sangria de votos. Mesmo que a petista se distancie um pouco de José Serra (PSDB), parece haver um consenso entre os analistas dos dois lados da disputa: esta será uma eleição parelha.
Esse diagnóstico pode até estar errado. Mas petistas e tucanos estão escaldados. Ninguém se arrisca a fazer previsões arrojadas. Vários fatores imponderáveis na atual conjuntura impedem prognósticos peremptórios e definitivos.
Para começar, esta é a disputa presidencial mais sem emoção da história do Brasil.
Muitos eleitores votam contra, e não a favor. A neutralidade do PV e o "voto crítico" em Dilma recomendado pelo PSOL são prova desse estado de criogenia geral. O clima morno não favorece uma avalanche de apoio apenas para um dos lados.
Outro aspecto já citado pelos partidos é o fato de o segundo turno cair no meio de um feriado prolongado. O Datafolha apurou que 52% dos eleitores costumam viajar em ocasiões assim. Não se sabe se por civismo ou por constrangimento, só 2% adiantaram ter a intenção de viajar e não votar.
Ainda que o percentual dos viajantes seja pequeno, eles podem fazer a diferença numa eleição apertada. O senso comum indica José Serra como o maior prejudicado, pois seus eleitores são de estratos sociais mais propensos a aproveitar feriados para sair de casa.
Já Dilma sofre com o diminuto número de eleitores que votam para governador no segundo turno: só haverá esse tipo de disputa em nove localidades, envolvendo apenas 14% do eleitorado. Ou seja, a massa de militantes pró-governo encontra-se desmobilizada.
Tudo junto e misturado, o cenário contém muitos elementos inescrutáveis. Exceto se algum fato imprevisível ocorrer, mesmo Dilma sendo favorita, a sucessão tende a ficar em suspenso até o dia 31.
BRASÍLIA - As novas pesquisas de opinião nesta semana dirão se Dilma Rousseff (PT) de fato estancou sua sangria de votos. Mesmo que a petista se distancie um pouco de José Serra (PSDB), parece haver um consenso entre os analistas dos dois lados da disputa: esta será uma eleição parelha.
Esse diagnóstico pode até estar errado. Mas petistas e tucanos estão escaldados. Ninguém se arrisca a fazer previsões arrojadas. Vários fatores imponderáveis na atual conjuntura impedem prognósticos peremptórios e definitivos.
Para começar, esta é a disputa presidencial mais sem emoção da história do Brasil.
Muitos eleitores votam contra, e não a favor. A neutralidade do PV e o "voto crítico" em Dilma recomendado pelo PSOL são prova desse estado de criogenia geral. O clima morno não favorece uma avalanche de apoio apenas para um dos lados.
Outro aspecto já citado pelos partidos é o fato de o segundo turno cair no meio de um feriado prolongado. O Datafolha apurou que 52% dos eleitores costumam viajar em ocasiões assim. Não se sabe se por civismo ou por constrangimento, só 2% adiantaram ter a intenção de viajar e não votar.
Ainda que o percentual dos viajantes seja pequeno, eles podem fazer a diferença numa eleição apertada. O senso comum indica José Serra como o maior prejudicado, pois seus eleitores são de estratos sociais mais propensos a aproveitar feriados para sair de casa.
Já Dilma sofre com o diminuto número de eleitores que votam para governador no segundo turno: só haverá esse tipo de disputa em nove localidades, envolvendo apenas 14% do eleitorado. Ou seja, a massa de militantes pró-governo encontra-se desmobilizada.
Tudo junto e misturado, o cenário contém muitos elementos inescrutáveis. Exceto se algum fato imprevisível ocorrer, mesmo Dilma sendo favorita, a sucessão tende a ficar em suspenso até o dia 31.
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