DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Senador eleito por Minas vem a São Paulo e articula aliança que exclui Serra para se fortalecer na disputa entre tucanos mineiros e paulistas
Julia Duailibi
Diante da disputa entre tucanos paulistas e mineiros pelo controle do PSDB, o senador eleito por Minas Gerais Aécio Neves começou uma articulação para se fortalecer internamente, ensaiando uma reaproximação com o governador eleito Geraldo Alckmin (SP).
No momento em que o PSDB discute a eleição da sua nova direção, que assumirá em maio, Aécio convidou Alckmin para um almoço em São Paulo. Depois, reuniu-se com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O candidato derrotado do PSDB, José Serra, não foi chamado.
Após o almoço com Alckmin, Aécio elogiou o governador eleito e disse que ele tem "dimensão política nacional" e "é uma das alternativas do PSDB no futuro", numa alusão indireta à disputa pelo Palácio do Planalto. A vitória de Alckmin o projetou novamente no PSDB, tornando-o uma espécie de fiel da balança na discussão em torno do candidato à Presidência em 2014.
Aécio e Alckmin começam a se alinhar na defesa sobre a reeleição do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, considerada uma alternativa "neutra" para dirigir a legenda a partir do ano que vem.
O nome de Serra chegou a ser cogitado por tucanos paulistas, mas lideranças nacionais, entre elas FHC, acham que a indicação alimentaria um racha interno.
Ontem, Aécio defendeu que Serra componha um grupo de "notáveis", ao lado de FHC e Tasso Jereissati, para contribuir com a direção partidária.
Ao deixar a gravação do programa Roda Viva, logo após o almoço com Alckmin, Aécio desconversou sobre a presidência do PSDB: "Assim como não sou candidato, não tenho candidato."
Questionado se apoiaria a recondução de Guerra, disse que o senador se tratava de uma "alternativa viável". Sobre a indicação de Serra, afirmou: "Não há veto a qualquer que seja o nome."
Depois de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2008 sem o apoio de Serra, Alckmin aproximou-se de Aécio, que buscava a indicação para concorrer à Presidência. Um ano depois, Alckmin acabou aceitando convite de Serra para ser secretário de Desenvolvimento. A movimentação de Alckmin e Serra, que buscava unidade no PSDB paulista, desagradou Aécio. O mineiro chegou a comentar com aliados ter ficado desapontado com Alckmin, que não teria sequer lhe telefonado para contar a nomeação.
Na entrevista ao Roda Viva, Aécio afirmou que a candidatura à Presidência em 2014 tem de ocorrer com "naturalidade" e disse ser contra a antecipação da escolha do nome. Aproveitou e descartou disputar a presidência do Senado, citando que o PSDB não tem votos para a disputa.
Indagado sobre a aliança com o DEM e setores conservadores na eleição, Aécio disse que houve "retrocesso" na discussão sobre temas, como a descriminalização do aborto. "É uma luz amarela que acende, mais uma razão para atualizarmos o programa."
Encontro. Aécio e Alckmin debateram a pauta da reunião dos governadores eleitos do PSDB, adiada de amanhã para o dia 15, em Alagoas. O encontro foi remarcado para contar com os senadores, que tinham reunião no mesmo dia e não poderiam ir.
Senador eleito por Minas vem a São Paulo e articula aliança que exclui Serra para se fortalecer na disputa entre tucanos mineiros e paulistas
Julia Duailibi
Diante da disputa entre tucanos paulistas e mineiros pelo controle do PSDB, o senador eleito por Minas Gerais Aécio Neves começou uma articulação para se fortalecer internamente, ensaiando uma reaproximação com o governador eleito Geraldo Alckmin (SP).
No momento em que o PSDB discute a eleição da sua nova direção, que assumirá em maio, Aécio convidou Alckmin para um almoço em São Paulo. Depois, reuniu-se com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O candidato derrotado do PSDB, José Serra, não foi chamado.
Após o almoço com Alckmin, Aécio elogiou o governador eleito e disse que ele tem "dimensão política nacional" e "é uma das alternativas do PSDB no futuro", numa alusão indireta à disputa pelo Palácio do Planalto. A vitória de Alckmin o projetou novamente no PSDB, tornando-o uma espécie de fiel da balança na discussão em torno do candidato à Presidência em 2014.
Aécio e Alckmin começam a se alinhar na defesa sobre a reeleição do presidente do PSDB, Sérgio Guerra, considerada uma alternativa "neutra" para dirigir a legenda a partir do ano que vem.
O nome de Serra chegou a ser cogitado por tucanos paulistas, mas lideranças nacionais, entre elas FHC, acham que a indicação alimentaria um racha interno.
Ontem, Aécio defendeu que Serra componha um grupo de "notáveis", ao lado de FHC e Tasso Jereissati, para contribuir com a direção partidária.
Ao deixar a gravação do programa Roda Viva, logo após o almoço com Alckmin, Aécio desconversou sobre a presidência do PSDB: "Assim como não sou candidato, não tenho candidato."
Questionado se apoiaria a recondução de Guerra, disse que o senador se tratava de uma "alternativa viável". Sobre a indicação de Serra, afirmou: "Não há veto a qualquer que seja o nome."
Depois de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2008 sem o apoio de Serra, Alckmin aproximou-se de Aécio, que buscava a indicação para concorrer à Presidência. Um ano depois, Alckmin acabou aceitando convite de Serra para ser secretário de Desenvolvimento. A movimentação de Alckmin e Serra, que buscava unidade no PSDB paulista, desagradou Aécio. O mineiro chegou a comentar com aliados ter ficado desapontado com Alckmin, que não teria sequer lhe telefonado para contar a nomeação.
Na entrevista ao Roda Viva, Aécio afirmou que a candidatura à Presidência em 2014 tem de ocorrer com "naturalidade" e disse ser contra a antecipação da escolha do nome. Aproveitou e descartou disputar a presidência do Senado, citando que o PSDB não tem votos para a disputa.
Indagado sobre a aliança com o DEM e setores conservadores na eleição, Aécio disse que houve "retrocesso" na discussão sobre temas, como a descriminalização do aborto. "É uma luz amarela que acende, mais uma razão para atualizarmos o programa."
Encontro. Aécio e Alckmin debateram a pauta da reunião dos governadores eleitos do PSDB, adiada de amanhã para o dia 15, em Alagoas. O encontro foi remarcado para contar com os senadores, que tinham reunião no mesmo dia e não poderiam ir.
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