Freire: E se os réus forem condenados, vão invadir o Supremo?
William Passos
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), afirmou nesta segunda-feira (9) que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) não pertence a uma única pessoa e nem ao atual grupo político dominante. E disse duvidar que o trabalhador irá apoiar manifestações como a do novo presidente da entidade, Vagner Freitas, que promete levar a CUT às ruas para defender réus do mensalão.
“Ele (Freitas) precisa ter cuidado e mais responsabilidade porque a CUT não é dele, nem deste grupo dominante. A entidade é dos trabalhadores. E não me parece que o trabalhador vá concordar com este envolvimento da sua central com julgamento de denunciados com corrupção”, declarou Freire.
O deputado do PPS disse que é “grave” um dirigente sindical envolver uma entidade que deveria estar a serviço dos trabalhadores para defender os acusados de participar de um dos maiores casos de corrupção da história do país.
“Eles (dirigentes sindicais) estão pensando o quê? Vão para as ruas e, se os réus forem condenados, vão invadir o Supremo?”, indagou Roberto Freire.
O presidente do PPS rebateu ainda declaração do dirigente da CUT que sustenta a frágil tese de que o julgamento do mensalão pode colocar em risco a estabilidade política e social do país.
“Quem quer desestabilizar é quem fica imaginando colocar uma entidade que representa interesses de trabalhadores para defender um grupo acusado de corrupção que está sendo julgado na mais alta Corte do país”, acrescentou o parlamentar.
Freire disse ainda que o processo no STF pode significar um novo capítulo na história do Brasil.
“Apesar de um pouco demorado pode significar um novo tempo na República, com o fim da impunidade porque está sendo julgado quem exerceu o poder e o desvirtuou”, comentou.
Greve
Ainda na opinião de Freire, a CUT presta um desserviço aos trabalhadores porque não se empenha em resolver problemas relacionados à realidade das categorias, como a greve nas universidades federais. A paralisação dos docentes já dura 44 dias.
“Estamos vendo as centrais sindicais um pouco despreocupadas, por exemplo, com a questão da paralisação nas universidades, onde mostram a sua ausência diante do problema”, encerrou.
FONTE: PORTAL DO PPS
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