Semana azarada essa da Dilma. Nada dá certo e as notícias são ruins. Não só pra ela, pra todos nós. Como já se sabe os boatos sobre a extinção do bolsa família nasceram de erros da própria administração federal. Antes que isso fosse esclarecido, o Lula declarou que pretendiam prejudicar o governo federal, “gente do mal”, disse ele, e a Dilma, também na expectativa de tirar vantagem política do caos que eclodiu, disse que era coisa de alguém “criminoso e desumano”, enquanto a própria responsável, a CEF, e a PF que tomou conhecimento logo cedo, escondiam a origem para o governo não apanhar.
No Congresso a Dilma teve de engolir o líder do PMDB, o Eduardo Cunha, que apoiou a constituição de uma CPI para investigar os negócios nebulosos da Petrobrás, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, que se recusou, na questão da MP do setor elétrico a repetir o absurdo de uma semana antes quando levou o Senado a votar a lei do portos em poucas horas sem possibilidade de discutir e emendar a matéria. Já tinha gasto toda a sua quota de subserviência. Ela nada pode fazer pois já se agachou tanto diante do fisiologismo que não consegue mais levantar. Haja estômago.
Além disso, com a proximidade das eleições começa o desassossego da base política no poder e os conflitos estaduais com o PT que põe em risco toda a frágil aliança arquitetada.
Aí entram as más notícias na área econômica. O crescimento econômico esperado não se confirma. O dólar se valoriza, encarecendo as importações, o que impulsiona a inflação; as exportações caem, projetando a possibilidade de déficit na balança comercial e aumentando o já enorme rombo na conta corrente ( o buraco que existe antes da entrada de capitais do exterior ); o déficit público explode e já é, no ano, o 2º pior da história, devido ao aumento dos gastos ( pouco nos investimentos públicos ); os investimentos, públicos e privados patinam; as concessões de rodovias e ferrovias, há tempo anunciadas, não saem do papel; e as obras do PAC estão cada vez mais atrasadas ou estão paradas.
Vai daí que a inflação se acelerara, em especial o preço dos alimentos, colocando em risco o maior desejo da presidente: a reeleição. Em função disso o BC aumenta a taxa de juros básica da economia, a SELIC, para tentar segurar a atividade econômica e os aumentos de preços. Na contra-mão do que seria o desejo da presidente de fazer crescer mais rapidamente a produção. Sim, o que seria, se não fosse a maldita ( inflação ). Quer chegar a 2014 com a inflação contida e aí, então, tentar retomar uma trajetória de crescimento econômico e ganhar a eleição. Essa é a sua estratégia. Vai dar certo? Ou vai chegar lá sem fôlego?
Fonte: Blog do Goldman
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