Thais Bilenky / Folha de S. Paulo
Na convenção que elegeu a nova direção do PSDB paulistano, neste domingo (29), o prefeito João Doria(PSDB) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) procuraram demonstrar unidade.
Os dois chegaram juntos à Câmara Municipal, tomaram um café na padaria e seguiram para votar lado a lado. Deixaram a convenção juntos, sem dar entrevistas. Apenas gravaram um vídeo para reforçar uma mensagem de união no partido.
"Estamos unidos para servir ao Brasil", disse Alckmin. "Temos grande desafios, reformas para retomar o crescimento. O que interessa é emprego, renda e qualidade de vida para a população."
Doria disse que "o PSDB unido vai marchar em São Paulo, no Estado e no Brasil, para defender os brasileiros, o emprego e o crescimento econômico e, nisso, o governador Geraldo Alckmin e eu estaremos juntos, ao lado de todos do PSDB".
Depois de a movimentação do prefeito para se projetar nacionalmente refluir, a tensão entre o entorno dos dois se apaziguou.
Aliados de Alckmin se mostram mais seguros da candidatura do governador a presidente no ano que vem.
No entorno de Doria, auxiliares passaram a defender que o tucano permaneça na prefeitura ou dispute o governo estadual. Neste caso, terá de lidar com as articulações do senador José Serra, que vem conversando com prefeitos paulistas e tem a simpatia do PSD, de Gilberto Kassab, que manifestou intenção de ser seu candidato a vice.
Serra, que nega pretensão de voltar ao Palácio dos Bandeirantes, foi à convenção e votou acompanhado de Alckmin. Foi eleito presidente do PSDB paulistano o vereador João Jorge, cuja campanha foi coordenada pelo vice-prefeito, Bruno Covas.
Durante o cafezinho na padaria, Alckmin e Doria foram alvo de protesto de um professor que se identificou como Wilian Silva. "É o santo e o farsante", acusou.
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